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Lula esbanja bobagem na França e encanta a todos. A Europa não está no vinagre por acaso

Andrei Netto conta no Estadão, em detalhes, como foi a cerimônia de entrega a Lula do título de doutor honoris causa no Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po). Leiam. Volto em seguida: * O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star hoje, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h38 - Publicado em 28 set 2011, 07h43

Andrei Netto conta no Estadão, em detalhes, como foi a cerimônia de entrega a Lula do título de doutor honoris causa no Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po). Leiam. Volto em seguida:

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star hoje, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título de doutor honoris causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o maior da França. Em seu discurso, o ex-chefe de Estado enalteceu o próprio mandato e multiplicou os conselhos aos líderes políticos da Europa, que atravessa uma forte crise econômica. Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev.

A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela platéia, aos gritos de “Olé, Lula”.

Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel. Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse “entusiasta” das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. “O senhor lutou para que o Brasil alcançasse um novo patamar internacional”, disse, completando: “Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas”.

Autor do “elogio” a Lula – o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Claude Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, lamentou que a Europa não tenha um líder “de trajetória política tão iluminada”. Casanova pediu ainda que Lula aproveitasse “sua viagem para dar conselhos aos europeus” sobre gestão de dívida, déficit e crescimento econômico.

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Conselhos e euforia
Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. “Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos”, afirmou, no tom ufanista que lhe é característico.

Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou “uma geração de líderes” mundiais que “passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher”, e recomendou aos líderes da União Européia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. “Não é a hora de negar a política. A União Européia é um patrimônio da humanidade”, reiterou.

Voltei
De certo modo, isso explica por que a Europa está em crise, não é mesmo? Um mundo em que Lula dá aula — superestimando a própria obra no limite da indecência — vive uma crise talvez inédita de liderança. “Ah, isso é inveja…” Podem babar à vontade, mas um sujeito que, numa cerimônia como essa, critica governantes da estatura de Thatcher e Reagan é só um megalômano enfatuado. Ela deixou o governo da Grã-Bretanha, que tirou da estagnação, em 1990 — há 21 anos! Sua obra foi de tal sorte marcante que os Trabalhistas tiveram de virar a própria mesa. Reagan encerrou seu segundo mandato em 1989, há 22 anos. Foi o presidente mais popular do século em seu país em razão das medidas que implementou na economia. Teve destacado papel no fim da Guerra Fria. Na França, o discurso faz sucesso. Não gostam muito de ingleses e americanos… Bem, é forçoso dizer que já se aplaudiu gente muito pior por lá.

E, como viram, José Dirceu, o “chefe da quadrilha”, estava na platéia.

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