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LAVA JATO – A bola da vez é Alckmin; a fila é enorme

Depoimento dos 77 executivos da Odebrecht começaram nesta semana. A maioria fica para a próxima. Mas, como se vê, o mercado político já está se movimentando

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 fev 2017, 18h02 - Publicado em 9 dez 2016, 08h12

O acordo de delação premiada da Odebrecht ainda não foi feito, mas os vazamentos já estão em toda parte, o que obedece, claro!, a uma estratégia política. E, por favor, os desconfiados podem verificar em arquivo que era o que eu dizia quando os alvos eram petistas. Ou por outra: o razoável é que só o conjunto viesse a público, com os devidos apontamentos, para que os acusados se defendessem — ou admitissem as suas culpas. Mas não é assim que as coisas se dão… Aí o esquerdista fica nervoso: “Ah, quando era Lula…”. Não me sinto atingido por essa crítica porque nunca condescendi com ilegalidades nem contra os petistas.

Segundo informa a Folha, “a Odebrecht afirmou, no acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, que realizou pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para campanhas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)”. Teriam sido repassados R$ 2 milhões para Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin, em 2010.  Em 2014, quem teria recebido os recursos é o hoje secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro.

Os depoimentos dos 77 executivos da Odebrecht começaram nesta semana. A maioria fica para a próxima. Mas, como se vê, o mercado político já está se movimentando. Por intermédio da assessoria, o governador afirma que “é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas”. A nota acrescenta: “Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador Geraldo Alckmin a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral”. E, como se sabe, os dois que teriam cuidado da negociação não exerciam tal função.

Dizer o quê? Que se cumpra a lei. E isso vale para Alckmin e para qualquer outro.

Todos sabem que o governador de São Paulo é um pré-candidato tucano à Presidência da República. As pedras já estão se movendo. José Serra, ministro das Relações Exteriores, apoia, por exemplo, a recondução do senador Aécio Neves (MG) ao comando do PSDB. Eles dois também querem aquela cadeira e foram, igualmente, colhidos por denúncias. E se pode apostar que a fila de implicados pela empreiteira vai ser grande.

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O PMDB não vive melhor sorte, e os petistas voltaram a se agarrar à sua única tábua: Lula. Ocorre que ele já é réu três vezes. Os grandes partidos vivem um transe. Impossível saber como chegarão a 2018. Falta menos tempo do que parece. Como esquecer que, depois de dois anos e meio de Lava Jato, Rodrigo Janot ainda não tenha apresentado nenhuma denúncia contra Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

A solução, qualquer que seja ela, vai demorar. A imprensa tem de publicar o que apura e ponto; não é guardiã de sigilos, mas os servidores públicos são. A estratégia de vazamentos vai minando o pouco que resta de confiança. Reparem já no número de aventureiros que se dizem… candidatos. Principal qualidade a ser exibida: “Não estou na Lava Jato”.

Quem disser que sabe o que vai acontecer em 2018 está mal informado.

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