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Justiça prorroga prisão do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica Moura

Em sua decisão, Sergio Moro explica que a detenção do casal Santana, que trabalhava na campanha à reeleição do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, foi decretada depois de os investigadores do petrolão encontrarem indícios de que eles seriam controladores da empresa offshore Shellbill Finance S.A. A empresa não foi declarada às autoridades brasileiras e é beneficiária de dinheiro que o Ministério Público acredita ter sido desviado do esquema de corrupção na Petrobras

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h26 - Publicado em 26 fev 2016, 17h59

Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, prorrogou nesta sexta-feira, por mais cinco dias, as prisões temporárias do marqueteiro petista João Santana e da mulher e sócia do publicitário, Mônica Moura. O magistrado, que havia negado, durante as investigações, decretar a prisão preventiva do casal Santana – situação em que os dois não teriam data pré-definida para deixar a cadeia – considerou que “há certos problemas no álibi” apresentado pelos dois, que, em depoimento à Polícia Federal, afirmaram que não sabia da origem dos recursos que foram depositados na conta da empresa que mantinham no exterior.

Em sua decisão, Sergio Moro explica que a detenção do casal Santana, que trabalhava na campanha à reeleição do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, foi decretada depois de os investigadores do petrolão encontrarem indícios de que eles seriam controladores da empresa offshore Shellbill Finance SA. A empresa não foi declarada às autoridades brasileiras e é beneficiária de dinheiro que o Ministério Público acredita ter sido desviado do esquema de corrupção na Petrobras.

A quebra de sigilo bancário da conta da empresa revelou repasses de 3 milhões de dólares da Klienfeld Services, offshore ligada ao Grupo Odebrecht. A Klienfeld já havia sido utilizada para transferir dinheiro de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa e do ex-gerente da petroleira Pedro Barusco. Além da presença da Klienfeld como fonte pagadora do casal Santana, a atuação do operador de propinas Zwi Skornicki como responsável por outros repasses – de 4,5 milhões de dólares – à dupla foi classificada como “perturbadora” pelo juiz.

“A Odebrecht utilizou as mesmas contas empregadas para pagar propina aos agentes da Petrobras para remunerar João Santana e Mônica Moura, enquanto a presença de Zwi Skornicki, como fonte de recursos deles, é, por si só, perturbadora, já que colhida prova do papel deste de intermediador de propinas aos agentes da Petrobras”, registra o juiz. Segundo ele, existem “certas inconsistências com a prova documental colhida”.

Entre o material apreendido na 23ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal encontrou documentos que indicam que a Odebrecht teria feito pagamentos periódicos a João Santana inclusive sobre campanhas eleitorais no Brasil, fato sempre negado pelo marqueteiro. A prova contra Santana consta de uma planilha, administrada por Maria Lúcia Tavares, secretária do empreiteiro Marcelo Odebrecht, com indicação de que o casal recebeu da empresa 4 milhões de reais no Brasil durante a campanha eleitoral de 2014. Foram sete repasses, entre outubro e novembro daquele ano, enquanto Santana trabalhava na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A planilha também contém a anotação de que a “negociação” total chegaria a 24 milhões de reais.

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