Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Gilberto Carvalho quer CPI sendo usada para cuidar dos… mensaleiros!

Gilberto Carvalho, vocês sabem, guarda os arcanos petistas. É o homem mais importante do partido depois de Lula. Era o braço direito do prefeito Celso Daniel quando foi assassinado. Um dos irmãos do prefeito o acusa de ter confessado que levava mala de dinheiro da Prefeitura para José Dirceu. Os dois negam. É uma espécie […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 08h56 - Publicado em 5 Maio 2012, 08h55

capa-cpi-do-cachoeira

Gilberto Carvalho, vocês sabem, guarda os arcanos petistas. É o homem mais importante do partido depois de Lula. Era o braço direito do prefeito Celso Daniel quando foi assassinado. Um dos irmãos do prefeito o acusa de ter confessado que levava mala de dinheiro da Prefeitura para José Dirceu. Os dois negam. É uma espécie de olheiro de Lula no governo Dilma — para que nada fuja do controle “do chefe”. E está mobilizado, também, para que a CPI do Cachoeira atenda a um propósito político-partidário — na verdade, para atender a uma banda do partido —, não para que puna os corruptos. Leiam trecho da reportagem de Daniel Pereira, Otávio Cabral e Rodrigo Rangel:

(…)
O senador José Sarney já recomendou ao PT que “controle os radicais”, argumentando que ninguém tem a ganhar se essa CPI começar a sair do controle”. O recado tem endereço certo: a turma que vê na CPI uma chance única de desmoralizar o julgamento do mensalão. A primeira ofensiva desse grupo foi dada na sessão da semana passada, com a tentativa de convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para depor na CPI. Sob o argumento de que ele deve explicar por que retardou a abertura de uma investigação contra Demóstenes Torres, os petistas querem colocá-lo no banco dos réus da CPI para tentar des- moralizá-lo. A imprensa é outro alvo que, na estratégia dos radicais, precisa sair chamuscada da CPI. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, reuniu, na quinta-feira passada, em seu gabinete no Palácio do Planalto deputados e senadores petistas para lembrá-los de que “o alvo da CPI é o mensalão”. Carvalho, só para lembrar, foi chefe de gabinete de Lula nos oito anos em que ele ficou na Presidência. Conhece de perto, portanto, as entranhas do esquema de compra de apoio no Congresso, parte substancial do escândalo do mensalão.

O cenário inicial da CPI do Cachoeira é muito semelhante ao da CPI dos Correios, instalada em 2005 a partir da gravação na qual Maurício Marinho, diretor da estatal, cobrava 3 000 reais de propina, o que deu origem à descoberta de novos fatos envolvendo dinheiro público e compra de apoios pelo governo. Aquela CPI nasceu com o intuito de blindar os aliados do governo e era controlada por parlamentares fieis ao Palácio do Planalto. Exatamente como agora. Também tinha o mesmo prazo de atuação: 180 dias.

Continua após a publicidade

Mas, logo no início dos trabalhos, depoimentos bombásticos, como o do deputado Roberto Jefferson e do marqueteiro Duda Mendonça, incendiaram a comissão e provocaram uma indignação popular que impediu qualquer tipo de acordo. A atual comissão também tem fios desencapados e personagens que podem contar muita coisa. Cachoeira e Cavendish, por exemplo. Com uma matéria-prima mais modesta do que a produzida pelas operações da PF, a CPI dos Correios produziu a denúncia do mensalão, a cassação de José Dirceu e Roberto Jefferson e a renúncia de meia dúzia de políticos, além de tisnar a imagem imaculada de virgem ética do PT. A CPI do Cachoeira, com seu farto material, tem potencial ainda maior. Basta que não se torne refém de arranjos políticos

Leia a íntegra na edição impressa

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.