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G7 suspende a Rússia do G8. E daí? Daí nada, ué!

O G7, o grupo das sete países mais ricos e industrializados do mundo, anunciou a suspensão da Rússia do G8 por causa da crise da Crimeia. O que isso significa? De prático, absolutamente nada! Significa apenas que o G7 — que junta Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão — volta a ter […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h11 - Publicado em 25 mar 2014, 04h07

O G7, o grupo das sete países mais ricos e industrializados do mundo, anunciou a suspensão da Rússia do G8 por causa da crise da Crimeia. O que isso significa? De prático, absolutamente nada! Significa apenas que o G7 — que junta Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão — volta a ter sete membros. Assim como os três mosqueteiros eram quatro, o G7 era, na verdade, G8 a partir de 1998, quando a Rússia passou a integrar o time. Com uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e na condição de segunda maior potência nuclear do planeta, parecia prudente que o país pertencesse a um clube tão restrito.

O G8 é um grupo informal. Não se tomam ali medidas de alcance global. Trata-se, de todo modo, de um fórum importante para debater alguns temas que dizem respeito à segurança, por exemplo. O desejável é que ele permaneça. Sinceramente, não me parece que a crise da Crimeia — que já é inequivocamente russa — valha o seu fim. A esta altura, ninguém aposta que a região possa voltar ao status anterior. O que se quer é conter eventuais outros apetites expansionistas da Rússia. De resto, Vladimir Putin sabe muito bem que o concerto de nações que conta é o G-20, que inclui, por exemplo, China, Índia e Brasil, países que não vão aderir a nenhuma forma de retaliação.

Nesta segunda-feira, o governo ucraniano retirou as últimas forças militares que mantinha na Crimeia, num sinal evidente de que dá a situação por encerrada. O que sobra agora é a desconfiança de que a Rússia ainda almeja se apoderar da parte leste da Ucrânia, que tem uma presença bastante expressiva de russos, coisa que Putin descarta. Segundo ele, exercícios militares na fronteira são apenas parte da rotina.

Há tempos venho escrevendo aqui que a Europa e os Estados Unidos estão vendendo muito caro a Putin a sua própria derrota. Ora, ele perdeu a Ucrânia e incorporou à Rússia, agora oficialmente, a Crimeia, que, de fato, nunca deixou de ser… russa. A insistência em sanções que, de resto, são irrelevantes só transforma o derrotado num vitorioso, já que ele, obviamente, não vai devolver o que já foi incorporado. A cada vez que Obama e os líderes europeus anunciam uma punição, Putin deve vibrar. Mais se parece com um czar ou com um antigo líder comunista no seu apogeu — quando, na verdade, ele é o perdedor. Os EUA e a Europa precisam parar de lhe dar palco.

 

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