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FHC e o tucano de 2018: “Gestor não inspira; tem de ser líder”

Ex-presidente disse que Doria, prefeito de SP, lhe disse não ser candidato, coisa na qual ele, FHC, acreditou; ele vê Alckmin como o mais bem posicionado

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 24 mar 2017, 17h51 - Publicado em 24 mar 2017, 17h05

Xiii… Lá vem porradaria em cima do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista ao Estadão, ele tocou em alguns temas que são, vamos dizer, muito momentosos e quentes. A frase que pode render mais bochicho refere-se à diferença que estabeleceu entre “gestor” e “líder”. A questão remete, é inescapável, a João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, tido por muitos como potencialmente presidenciável. Doria, que se apresentou como um não político — é claro que ele é político ou não ocuparia um cargo… político —, disse, durante a campanha, ser um “gestor”.

E então afirma o homem que se elegeu e reelegeu presidente no primeiro turno e livrou o país do desastre com o Plano Real: “Tem muitos aí e vão continuar fazendo isso (se colocar como não político). O momento é para o não político, mas é político. O que é político com P maiúsculo? Alguém que inspira, que pode conduzir. Se você for um gestor, você não vai inspirar nada. Tem que ser líder, e líder é alguém que inspira o caminho, certo ou errado, aí cada um vai dizer. No caso, quem ganha eleição, inspirou de alguma maneira. Vai inspirar o Brasil? Não é simples”.

Bem, suponho que o próprio Doria concorde com FHC, não? Ou, em vez de a gente escolher um presidente ou primeiro-ministro pelo voto direto, a gente abriria um concurso, pediria o currículo, faria uma pré-seleção e depois submeteria a todos a uma prova. O mais bem colocado seria contratado como CEO do Brasil…

É evidente que ser um líder político —  E VIVA A POLÍTICA! — é muito mais do que isso.

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Leiam estas perguntas e respostas:

João Doria pode ser um nome do PSDB para a disputa presidencial de 2018?
Ele (Doria) diz que não é, e eu acredito nele.
(…)
Em entrevista ao ‘Estado’, no ano passado, o sr. disse que o José Serra era o nome mais bem posicionado para 2018. O Geraldo Alckmin é o mais bem posicionado hoje?
Se você olhar nos dias de hoje, sim. E o Doria apoia o Geraldo. Ele (Doria) disse a mim recentemente e eu acho que é verdade. Ele apoia o Geraldo. O balão está subindo então todo mundo começa a apostar. Agora, será o Geraldo? Não sei. Primeiro eu não tenho força no partido, eu não sou um homem do PSDB, eu não sou da máquina. Tudo isso vai depender do que vai acontecer nos próximos meses
.

Retomo
Os que defendem as candidaturas de Aécio Neves, José Serra ou mesmo João Dória certamente hão de discordar da avaliação de FHC. Mas me parece, com efeito, que o mais importante da sua entrevista, leiam a íntegra, é destacar que não se está ainda num momento de definições.

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Abaixo, segue um trecho da entrevista.

Como o sr. vê os políticos que se colocam como não políticos?
Tem muitos aí e vão continuar fazendo isso (se colocar como não político). O momento é para o não político, mas é político. O que é político com P maiúscula? Alguém que inspira, que pode conduzir. Se você for um gestor, você não vai inspirar nada. Tem que ser líder, e líder é alguém que inspira o caminho, certo ou errado, aí cada um vai dizer. No caso, quem ganha eleição, inspirou de alguma maneira. Vai inspirar o Brasil? Não é simples.

João Doria pode ser um nome do PSDB para a disputa presidencial de 2018?
Ele (Doria) diz que não é, e eu acredito nele.

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Os outros três pré-candidatos (Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves) são citados na Operação Lava Jato…
Não dá para prever o nome do partido antes de ver o que vai acontecer, é precipitado. Eu me guardo.

Em entrevista ao ‘Estado’, no ano passado, o sr. disse que o José Serra era o nome mais bem posicionado para 2018. O Geraldo Alckmin é o mais bem posicionado hoje?
Se você olhar nos dias de hoje, sim. E o Doria apoia o Geraldo. Ele (Doria) disse a mim recentemente e eu acho que é verdade. Ele apoia o Geraldo. O balão está subindo então todo mundo começa a apostar. Agora, será o Geraldo? Não sei. Primeiro eu não tenho força no partido, eu não sou um homem do PSDB, eu não sou da máquina. Tudo isso vai depender do que vai acontecer nos próximos meses.

Por que Alckmin está melhor posicionado?
O Alckmin tem um fator de poder na mão: ele é governador de São Paulo. Ele tem uma força grande, ele tem mais estrutura na mão. Agora, isso é decisivo? Não. Depende do clima, do que vai acontecer. No fim, o PSDB, como sempre fez, pode ter três ou quatro candidatos e vai afunilar. Não sei se vai afunilar, não vai, se vem outro e faz aliança, se haverá a questão do outsider.

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O Alckmin está pressionando o PSDB para precipitar as prévias. O sr. apoia essa demanda?
Ele não vai precipitar. O PSDB não tem razão para precipitar. O Lula já está se precipitando porque tem necessidade de ser candidato para manter coesão do PT e para dizer que está sendo perseguido. Já o PSDB, eu acho que tem que ter um candidato com tempo suficiente para se organizar. Tem que deixar passar essa tempestade na qual estamos. Quem é acusado de quê? Ninguém sabe. Por enquanto é notícia ‘ouvi dizer que’.

O sr. teme que o Geraldo Alckmin saia do PSDB?
Não, o Geraldo é um político de lealdade. Ele não vai sair. Ele vai tentar aliança com outros partidos, como é natural que o faça. Ele vai lutar dentro do PSDB.

Há um acordo de “salvação nacional” entre os investigados na Lava Jato?
Ninguém vai se salvar às custas de passar uma borracha. Não dá. Mas temos que pensar no futuro do Brasil. E pensar com quem? Com quem não está comprometido com os malfeitos. Chegou um momento no Brasil em que precisamos olhar para frente.

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Leia a íntegra aqui.

 

 

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