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Ex-homem forte de Janot, o da meia virgindade, junto com Joesley!

Marcello Miller, braço-direito do procurador-geral, deixou a PGR em março e passou a atuar em favor dos irmãos Batista. E Janot acha normal!

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 21 Maio 2017, 09h55 - Publicado em 21 Maio 2017, 08h50

No dia 7 de março, há dois meses e meio, publiquei neste blog um post intitulado “Procurador da Lava Jato deixa de ser mocinho e decide ser bandido”. A quem me referia? A Marcelo Miller.

O rapaz era um dos “Golden Boys” de Rodrigo Janot na Operação Lava Jato, mas decidiu deixar o Ministério Público Federal para, como advogado, atuar na área de compliance…

Escrevi então:
Imaginem quanto vale (…) um procurador que teve acesso ao que de mais, como posso dizer?, “fanático” já se produziu no Ministério Público. E não atuou em coisa pequena, não! Por ele passou parte dos procedimentos que resultaram na delação da Odebrecht e as denúncias do ex-senador Delcídio do Amaral.

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E que fique claro: naquele texto, eu deixava claro que eu não divido o mundo entre bandidos e mocinhos, mas a Lava Jato sim!

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Pois bem. Neste sábado, Vera Magalhães revelou, no Estadão, que Miller, agora trabalhando no escritório Trench, Rossi e Watanabe, participou da elaboração do acordo de leniência da J&F, a holding dos irmãos Batista. É uma nojeira.

Cinismo de Janot
Rodrigo Janot, procurador-geral do Cinismo da República, emitiu uma nota patética ontem. Afirmou que Miller não participou do acordo de delação premiada de Joesley, Wesley e seus executivos. É mesmo?

Nem poderia! Que se saiba, formalmente ao menos, ele saiu antes de tal acordo ser celebrado. Ou será que devemos intuir que o dito-cujo estava em gestação, e a saída obedeceu justamente a uma questão estratégica?

Cinismo do MP/DF
De fato, colaboração premiada e acordo de leniência são coisas distintas. Mas casadas, é evidente. E Miller, até março assessor de Janot para TODOS OS CASOS, passou a atuar como um dos representantes da J&F na negociação da leniência, que é levada a efeito pela primeira instância — no caso, o Ministério Público do Distrito Federal.

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A desculpa do órgão é esfarrapada. Afirma que o ex-procurador participou só do início das negociações para o acordo de leniência da J&F, mas não da conclusão.

Ah, bom! Se é assim…

Critérios de Janot
Janot, com efeito, é um homem de critérios singulares. Pediu a suspeição de Gilmar Mendes para conceder um habeas corpus a Eike Batista pretextando que a mulher do ministro é advogada do escritório de Sérgio Bermudes, que tem Eike como seus clientes na área cível, não criminal. ATENÇÃO! Guiomar Mendes não é advogada de Eike.

Já o sr. Miller, seu homem de confiança até março, atuou, sim, como advogado da J&F no acordo de leniência, como admite o MPF/DF — “Ah, mas só no começo…” Entendi: foi só um pouquinho. O MP pode alegar ao menos uma meia virgindade.

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Eis Janot. Eis o homem que, sob o pretexto de comandar a Lava Jato, que tem aspectos obviamente meritórios, está conduzindo o país à beira do abismo.

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