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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Dilma é a culpada por olho perfurado de militante. Ou: Nos confrontos de rua, só os PMs são povo

Ex-presidente, com sua retórica irresponsável, sonha com a guerra civil. A verdade é que ela não mudou

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h57 - Publicado em 2 set 2016, 00h20

Dilma Rousseff não entrará para a história apenas como a pior presidente que o Brasil já teve. Sua fama não vai se restringir à da governante que conduziu o país à mais grave recessão de sua história. Em sua biografia, não bastará lembrar que fez indicadores da economia recuar a níveis de 10 anos passados… Também será preciso lembrar a sua estúpida irresponsabilidade em todo esse processo.

Irresponsável quando pronunciou pela primeira vez a palavra “golpe” para se referir ao impeachment; irresponsável quando abrigou no Palácio do Planalto militantes que prometiam aderir à luta armada; irresponsável quando atribui ao governo que a sucedeu intenções malévolas; irresponsável quando, no primeiro discurso depois da deposição, ainda que de maneira indireta, incentiva milícias minoritárias a partir para o tudo ou nada, como agora se faz.

Nesse momento, vândalos estão sendo combatidos no centro da cidade pela Polícia Militar de novo. Destaque-se sempre: quatro milhões marcharam pelo impeachment, num único dia, sem um só incidente. Quando as esquerdas vão para as ruas, poucas centenas bastam para conduzir ao caos.

Depredam patrimônio público e privado; atacam a polícia; hostilizam os que consideram adversários; partem para o tudo ou nada.

Os culpados? Ora, Dilma e os petistas. Quando uma presidente deposta, ao chamar de “golpe” um processo constitucional, diz que se vai reagir no limite possível diante de um governo golpista, o sinal é claro: violência!

Eis aí: esse é o compromisso do PT com a democracia. Essa é a Dilma que já teria se curado da luta armada. Essa é a militante que teria deixado para trás seu sectarismo. Basta que as coisas caminhem contra seus anseios, e ela não hesita em exercitar uma retórica que, levada ao limite, resultaria em guerra civil.

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Exagero? Não! Se amplas camadas seguirem a convocação de Dilma e do PT e não reconhecerem o governo constitucional do Brasil, reagindo “no limite”, o que teremos é confronto sangrento nas ruas. No fundo, é o que os bolivarianos sempre quiseram.

Mártir
A causa de agora já tem mártir. A estudante Deborah Fabri, de 19 anos, diz ter tido o olho perfurado por alguma coisa — não está claro por qual coisa — num protesto.

O Estadão Online publica um texto que poderia estar numa página do PSOL, do PSTU, do PT, de Dilma… A Polícia Militar de São Paulo é tratada como uma contumaz furadora de olhos de manifestantes e de profissionais da imprensa. Isso é militância.

Em nenhum momento fica evidente a escolha dos ditos manifestantes pela violência. Por que a PM usaria instrumentos de dissuasão se não fosse para conter a pancadaria? “Ah, mas por que usar bala de borracha?” A pergunta é estúpida. Usa-se o necessário a depender do que vem do outro lado. A resposta vem na forma de outra questão: “Mas por que usar coquetéis Molotov?”. Certamente não se trata de um argumento político.

Mas, entendo, é o que recomenda Dilma Rousseff. As esquerdas sempre prosperam no sangue; contam com vítimas para fazer valer as suas opiniões; elas precisam do mito de uma polícia truculenta contra anjos pacíficos para justificar suas ações criminosas.

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É asqueroso ver essa gente apelar à violência para defender um governo criminoso sob os mais variados aspectos: cometeu crime de responsabilidade, cometeu crime eleitoral, cometeu crimes em penca contra a Petrobras, cometeu crime contra os pobres (ao quebrar o país)…

Escrevo ouvindo sirenes da polícia. Os únicos trabalhadores que estão nas ruas são aquele de farda; os únicos realmente oriundos do povo são os soldados da Polícia Militar; os únicos que conhecem o peso da necessidade são os que arriscam a vida todos os dias para garantir alguma tranquilidade à população. Sim, há maus policiais. Ocorre que não conheço bons do outro lado. Não reconheço bondade em que sai às ruas para depredar, destruir, ameaçar, intimidar. Isso não é protesto. Não é reivindicação.

Dilma quer sangue? Dilma quer mortos? Dilma precisa de cadáveres para que a farsa que eles espalharam mundo afora seja verossímil?

Dilma se fingiu de herbívora, mas é carnívora.

Dilma se travestiu de democrata, mas continua a mesma militante da VAR-Palmares, que era, afinal, um grupo terrorista que não via problema em matar inocentes para atingir seus objetivos.

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