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Data de embate Lula-Moro opõe os mortadelas aos coxinhas reaças

PF alega que não há tempo para organizar a devida segurança do evento. Esquerdistas veem Moro com medo; extrema direita vê antessala da prisão

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 25 abr 2017, 08h12 - Publicado em 25 abr 2017, 06h44

Xucros de direita e de esquerda passam boa parte do dia, nesta segunda, a fazer digressões sobre o quase certo adiamento do depoimento de Lula a Sergio Moro, que estava previsto para o dia 3 de maio. Atenção! Essa data foi anunciada pelo juiz no dia 4 de março — com dois meses de antecedência, pois. Sem contar que tal dia tem esse nome desde a adoção do calendário gregoriano, né? Data de 1582…

Aí os mortadelas gritavam de uma lado: “Ficou com medo, né, Moro?”. E os coxinhas enfezados de extrema direita retribuíam com igual inteligência: “É que Lula vai ser preso amanhã… Então nem precisa marcar a nova data”.

Tanto a turma do entorno do juiz como a própria PF vazaram informações de que o possível adiamento — talvez para o dia 10 — obedece a questões de segurança. Seria necessário mais tempo, e o feriado do 1º de Maio seria um complicador a mais. Huuummm… Isso me lembra o título de uma reportagem que saiu num jornal de São Paulo: “Quando menos se espera, chega o Natal”… Faz tempo que o dia 3 de maio acontece dois dias depois do 1º de maio, não? Mais: em que o alho afeta o bugalho?

Então a PF consegue meter 1.200 homens, mobilizados em sigilo, para fazer o carnaval farsesco da Operação Carne Fraca, mas não tem competência para organizar a devida proteção a um depoimento marcado com dois meses de antecedência? Dá para acreditar? É claro que não!

Tenho para mim que a dificuldade, nesse caso, é da própria 13ª Vara Federal de Curitiba. Acabei falando por metonímia: a dificuldade é do próprio juiz Sergio Moro. Ele não é bobo e sabe que está num impasse, revelado, diga-se, pelo depoimento de Léo Pinheiro. Há um aspecto lá que foi praticamente ignorado pela imprensa, mesmerizada que estava por dois títulos: “Tríplex era de Lula, diz Léo Pinheiro” e “Lula mandou destruir provas, diz Léo Pinheiro”. Sim, mesmerização compreensível.

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E é disso que vou falar no próximo post. Vocês têm o direito de pensar o que lhes der na telha. Eu é que não tenho o direito de permitir que vocês sejam surpreendidos quando isso pode ser evitado, não é mesmo?

Lula participou de um seminário promovido pelo PT nesta segunda. Indagado sobre o possível adiamento, afirmou: “Não marquei dia três e não desmarquei dia. Não estou preocupado com a data. A data é do juiz Moro. Na hora em que for marcado, quem deseja a verdade só é o companheiro Lula”.

Falou, no caso, de si mesmo em terceira pessoa. Há antecedentes. É o que fazia César. E também Pelé e Dadá Maravilha.

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