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CEGADOS PELO ÓDIO

O noticiário sobre a intervenção das forças de segurança de Israel na tal flotilha que rumava para Gaza foi verdadeiramente estarrecedor. Não se trata, obviamente, de endossar a violência desse ou daquele. E acho compreensível que pesem dúvidas e suspeitas sobre a força empregada, que pode ter sido excessiva etc. e tal. Até aí, o […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h10 - Publicado em 1 jun 2010, 07h23

O noticiário sobre a intervenção das forças de segurança de Israel na tal flotilha que rumava para Gaza foi verdadeiramente estarrecedor. Não se trata, obviamente, de endossar a violência desse ou daquele. E acho compreensível que pesem dúvidas e suspeitas sobre a força empregada, que pode ter sido excessiva etc. e tal. Até aí, o jornalismo pode ir sem delinqüir, sem abrir mão de sua tarefa. O que não pode é desprezar os fatos. E os fatos são estes:

1 – A organização que liderava a ajuda humanitária é a turca IHH, liderada por Bülent Yildirim, ligado ao Hamas. Sobre essa ligação, há EVIDÊNCIAS presentes. E suspeitas fundadas de que tenha mantido contato com os jihadistas e com a Irmandade Muçulmana;

2 – Pode-se ser contrário ao bloqueio a Gaza — o territorial é feito pelo Egito, embora se silencie a respeito. Mas ele existe. Enquanto existe, tentar furá-lo é promover um ato hostil a Israel;

3 – O país já havia afirmado que não permitiria que os barcos chegassem a Gaza;

4 – O cerco à flotilha, antes da intervenção, foi antecedido de uma demorada tentativa de negociação. As forças de segurança de Israel queriam que os barcos se dirigissem a uma cidade israelense, onde os ditos suprimentos seriam desembarcados. Avisaram que não seguiriam viagem. Inútil! Os “pacifistas” não aceitaram;

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5 – Há outras maneiras de fazer a ajuda humanitária chegar à Faixa de Gaza. Furar o bloqueio, por mais estúpido que ele fosse, corresponde a submeter Israel a uma espécie de humilhação. Especialmente se o organizador do evento é um amigo do Hamas. Levar adiante tal proposta é apostar no pior;

6 – O vídeo deixa evidente que os “pacifistas” atacaram os soldados de Israel, depois de esgotadas as negociações. Fala-se do filme, mostra-se o filme, fica confirmada a agressão. Mas o texto de condenação a Israel, sem matizes, segue adiante;

7 – Há sete soldados israelenses feridos — dois deles por tiros. Teriam ferido a si mesmos só para criar um pretexto verossímil para matar pessoas? Por que, então, já não atiraram quando estavam no helicóptero?;

8 – Uma jornalista da TV árabe Al Jazeera acompanhava o grupo e assegura que os soldados israelenses estão mentindo. Ela acompanhava o grupo? Não me digam!;

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9 – Com que então um grupo de “humanistas” organizados por Bülent Yildirim — não consegui saber se ele estava em algum dos barcos; é provável que não — iria conseguir desmoralizar o bloqueio imposto por Israel na marra?

10 – Mas por que o bloqueio existe? Ele é parte só da natural perversidade daquela gente? Não! Eu não endosso isso ou aquilo, mortes muito menos. Se cabe alguma censura a Israel, ela se deve à operação militar propriamente, que pode não ter sido a mais hábil, fornecendo pretexto verossímil para todos os seus inimigos, que são muitos. Mas isso é  só uma hipótese por enquanto. Faltam dados para saber se houve uso excessivo da força. Podem gritar à vontade. “Humanistas” como esses já fizeram coisas piores.

É assustador que o alinhamento com uma causa e o ódio — sim, o ódio! — a Israel impeçam muita gente de ver o que está diante de seus olhos. Ou pior: mesmo vendo, fazem de conta que não está ali.

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