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Apocalipse de Janot e Fachin – 6

Dono da JBS diz ter pago R$ 7milhões como caixa 2 ao senador José Serra

Por Lilian Mahfud Atualizado em 30 jul 2020, 20h53 - Publicado em 19 Maio 2017, 17h37

No Globo:

O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, confessou, depois de firmar acordo de delação premiada, que pagou aproximadamente R$ 7 milhões para suposto caixa dois da campanha do senador José Serra (PSDB-SP) nas eleições de 2010, quando ele concorreu a presidência da República. Segundo o empresário, para encobrir a ilegalidade foi simulada a compra, por R$ 6 milhões, de um camarote num autódromo de Fórmula 1. Uma outra parte do caixa dois , no valor de R$ 420 mil, teria sido camuflado com uma nota fria emitida em nome da empresa PPM Análise e Pesquisa. Ao todo, ele diz ter contribuído com R$ 20 milhões para a campanha presidencial de Serra.

— Eles deram nota de patrocínio de um camarote de um autódromo de Fórmula 1, como se nós tivéssemos comprado um camarote de Fórmula 1. E teve realmente esse camarote. Teve realmente essa corrida de Fórmula 1. Só não podia custar R$ 6 milhões. Aí nós compramos esse negócio lá por R$ 6 milhões – disse Batista.

A nota para a simulação da venda do camarote teria sido emitida pela LRC Eventos e Promoções, empresa de um amigo de infância de Serra. O empresário também cita uma nota fria de R$ 420 mil da PPM Análises e Pesquisas. No depoimento não fica claro, no entanto, como foi mascarado o restante do pagamento. Batista disse ainda que a diferença, de R$ 13 milhões, foi para Serra como doação oficial ao PSDB. O empresário disse que fez a doação depois de conversar com Serra no escritório dele em São Paulo.

— O senador José Serra, a gente participou da campanha dele em 2010 à presidência da Republica. Ele esteve pessoalmente no escritório nosso. Nos pediu que participasse. Eu autorizei fazer R$ 20 milhões. Fomos os principais financiadores de campanha dele — afirmou.

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Batista disse, no entanto, que não houve “ato de ofício”, ou seja, a doação não foi condicionada a uma futura decisão do senado, caso eleito presidente da República naquele período. No mesmo depoimento, Batista fala sobre pagamento de um valor expressivo para um suposto caixa dois de uma das campanhas da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Para ele, é constrangedor receber pedido de doação, sobretudo quando o candidato solicita dinheiro em espécie.

— Que isso não seja justificativa de forma alguma, a senadora Marta é relevante, importante. O simples fato de um senador te pedir em dinheiro em espécie já é constrangedor. Senador, presidente da República — disse.

Batista prestou depoimento no dia 3 deste mês, na sede da Procuradoria Geral da República. Ele foi ouvido pelo promotor Sérgio Bruno, coordenador do grupo de trabalho da Lava-Jato em Brasília, e pelo procurador Fernando Antônio Oliveira. O interrogatório foi acompanhado pelo advogado Francisco de Assis e Silva. Além de negociar a delação do executivo, o advogado também fez acordo para delatar o que sabia sobre crimes cometidos nas relações entre os chefes e alguns políticos.

 

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