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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Ao contrário do que anteviu o Estadão, quem recuou foi o MP, não a PM. Ou: Numa democracia, lei e ordem são princípios libertadores

Faça um teste, leitor. Peça a seu amigo e vizinho que proceda da mesma forma. Fora os militantes petistas, que querem usar até os pobres desgraçados do crack na sua luta político-eleitoral, tente encontrar alguém que seja contra a RETOMADA – e não a “ocupação” – da região conhecida como cracolândia. Não existe! As pessoas […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h45 - Publicado em 14 jan 2012, 06h15

Faça um teste, leitor. Peça a seu amigo e vizinho que proceda da mesma forma. Fora os militantes petistas, que querem usar até os pobres desgraçados do crack na sua luta político-eleitoral, tente encontrar alguém que seja contra a RETOMADA – e não a “ocupação” – da região conhecida como cracolândia. Não existe! As pessoas razoáveis, a esmagadora maioria, são favoráveis ao triunfo da lei e da ordem, que não são reacionárias. Ao contrário: NUMA DEMOCRACIA, LEI E ORDEM SÃO PRINCÍPIOS LIBERTADORES.

Sem eles, a sociedade degringola; temos a luta de todos contra todos, e, acreditem, triunfará sempre o pior. E, claro!, como vimos, membros da Defensoria Pública e do Ministério Público decidiram, infelizmente, se alinhar com a desordem e com a ilegalidade sob o pretexto de proteger os direitos humanos. Saibam, leitores: sempre que alguém decidir que existe uma contradição entre uma área e outra, vocês estão diante de mistificadores, de gente que está disposta a transgredir a lei para, supostamente, fazer justiça. E acabará provocando ainda mais injustiça, mais sofrimento, mais dissabores.

O comando da Polícia Militar se reuniu nesta sexta com representantes do Ministério Público Estadual na sede do órgão. O encontro durou cinco horas. Ao contrário do que previu reportagem do Estadão, não houve recuo nenhum do governo e da Polícia Militar. Se houve mudança de posição, foi do Ministério Público, que, certamente informado do que pensa a maioria dos paulistas e dos paulistanos, resolveu recobrar a razão.

“Não estamos mudando de estratégia. O nosso objetivo é quebrar a logística do tráfico. Até agora, 70 pessoas foram presas por tráfico de drogas, e 37 mandados de prisão, cumpridos. A partir do próximo mês, vamos instalar naquela região três bases de policiamento comunitário para que se mantenha a segurança pública no local”, disse o coronel Álvaro Camilo, comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

É o certo. Prestem agora atenção a esta fala:
“Hoje tivemos dados oficiais que mostraram a verdadeira dimensão da operação. Foi decidido que a PM continuará na Cracolândia. Nunca quisemos que de lá saíssem. A justificativa é de que havia necessidade de atuação por conta dos traficantes.” A fala é de Eduardo Valério, um dos quatro promotores que assinaram a abertura de inquérito civil público para apurar eventuais transgressões legais na apuração. Nota: quem DECIDIU que a PM fica foi o governador Geraldo Alckmin, não o Ministério Público, que não tem poder para isso. Valério disse mais: “Os esclarecimentos mostraram que não foi uma operação do nada. Havia um propósito. A área da saúde nos apresentou dados interessantes”.

É mesmo, é?

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Valério e seus três companheiros decidiram abrir o inquérito faz dois dias. Redigiram um libelo acusatório contra a Prefeitura, o governo do Estado e a Polícia Militar. Mais do que isso: concederam uma entrevista coletiva em que, ora vejam!, evidenciava-se a desnecessidade de qualquer investigação. Afinal de contas, assumindo a condição de juízes, já tinham a sentença condenatória.

Os quatro promotores, Valério inclusive, não dispunham dessas informações? Tenham paciência! Ele afirma: “A justificativa [do governo e da polícia] é de que havia necessidade de atuação por conta dos traficantes”. Não me diga! Ele não havia conseguido intuir isso antes?

Valério faz outra afirmação que dá o que pensar: “Ficou acertado que o Ministério Público será informado de cada passo, para evitar o que aconteceu nesta semana, quando não sabíamos de nada por não termos sido informados sobre o que estava acontecendo”. Entendi errado, ou parece que há aí a expressão, ainda que na fase de recuperação, da vaidade ferida? Pergunta óbvia: o Ministério Público foi eleito pelo povo para governar São Paulo? Tudo aquilo de que não é previamente avisado será, então, em princípio, ruim e objeto de inquérito civil? O MP do Estado deu um golpe nas constituições estadual e federal, e só agora somos avisados?

Bem-vindo ao bom senso, promotor Valério! Não serei eu a rejeitá-lo no grupo, claro!, mas sempre digo tudo, ainda que alguns tantos se aborreçam. O senhor tenta me enganar que as informações que conseguiu agora lhe foram antes sonegadas??? Dou-me o direito de não acreditar nisso! Parece-me que Ministério Público, Defensoria Pública, a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e setores da imprensa decidiram encostar o governo do estado e a polícia contra a parede. PERDERAM! PERDERAM PORQUE A POPULAÇÃO DE SÃO PAULO NÃO QUER SER SITIADA PELO CRIME!

Há pelo menos 15 anos a polícia deste estado apanha sistematicamente das mesmas forças organizadas. No período, o número de homicídios no Estado por 100 mil habitantes caiu quase 80%. QUEM SUSTENTOU A AÇÃO DA POLÍCIA NESSE TEMPO FOI O HOMEM COMUM, O CIDADÃO PAGADOR DE IMPOSTOS, NÃO ESSES ENTES QUE, REGIAMENTE PAGOS PELOS PAULISTAS, ATUAM ABERTAMENTE CONTRA SEUS INTERESSES, FLERTANDO CONSTANTEMENTE COM O CRIME SOB O PRETEXTO DE DEFENDER OS DIREITOS HUMANOS. POUCAS COISAS SÃO TÃO HUMANAS QUANTO METER UM TRAFICANTE NA CADEIA, GRANDE OU PEQUENO!

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Saibam os homens de bem – sim, eles existem! Quem recuou foi o Ministério Público, não a Polícia Militar ou o governo do Estado.

E ainda temos, sim!, um defensor como Carlos Weis. Ele agora passou a defender que se peça um habeas corpus coletivo preventivo para que a Polícia Militar, calculem!, seja impedida de prender pessoas na Cracolândia. Até as forças que fazem oposição ao governo Alckmin em São Paulo acharam que ele está exagerando.

A população de São Paulo está tendo uma aula e tanto; está aprendendo o que promotores e defensores fazem de seu estupendo salário, pagos justamente por aqueles que ficam sitiados em suas casas, cercados por viciados e traficantes. Eu ainda não entendi por que alguns que se dizem “defensores dos direitos humanos” odeiam tanto o cidadão comum, o indivíduo que trabalha, que estuda, que se esforça para ter uma vida digna e espera do estado que lhe seja garantido ao menos o direito de ir e vir.

Aliás, a defesa desse direito é o mínimo que um leitor pode esperar também da imprensa, não é, Estadão?

Texto publicado originalmente às 21h20 desta sexta
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