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Aécio: “Abriremos espaço para salvador da pátria?” E o pós-Sarney

Sim, existe uma espécie de matemática das escolhas políticas. Ou alguém espera que, numa terra devastada, triunfe um amigo das instituições?

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 9 mar 2017, 08h41 - Publicado em 9 mar 2017, 08h22

É claro que o presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), vai levar porrada de todo lado. Ultimamente, há uma tendência de aplaudir quem dá respostas simples e erradas. Mas pobre daquele que ousar fazer a pergunta certa. Por que isso?

Num evento num restaurante em Brasília, que comemorava os 50 de jornalismo de Ricardo Noblat, na madrugada de quarta, cercado de outros políticos, consta que o senador mineiro indagou: “Abriremos espaço para um salvador da pátria?”.

Bem, com efeito, estamos, como país, abrindo. É claro que as pessoas que se querem de bem acham que o seu Messias é melhor do que o dos outros.

“Um cara que ganhou dinheiro na Petrobras não pode ser considerado a mesma coisa que aquele que ganhou cem pratas para se eleger”, também teria dito Aécio. Bem, não pode. Matar uma pessoa ou lhe bater a carteira são crimes. São iguais?

O senador ainda indagou: “Vamos nos autoexterminar? É preciso salvar a política. Não podemos deixar que tudo se misture”.

Bem, os espadachins da reputação alheia não tardarão a ver nisso uma espécie de convite para algum arranjo.

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E, no entanto, vejam que curioso, o senador só está pedindo que as penas estejam adequadas aos delitos.

Não é mesmo um absurdo?

Pós-Sarney
Quem viveu sabe. Os dias em curso lembram, em alguns aspectos, o fim do governo Sarney. Havia acusações de corrupção por todo lado — coisa de pivete quando se compara com o petrolão —; o país vivia uma crise econômica feroz, com inflação nas alturas (hoje, vivemos a pior recessão da história), e o descrédito da população nos políticos ditos tradicionais era imenso.

Aí surgiu “Elle” como a resposta para todos os males: Fernando Collor. Contra Lula, que dizia primitivismos em penca sobre política e economia.

O petista, felizmente, foi esmagado. E o Brasil, infelizmente, elegeu Collor. O resto é conhecido.

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A campanha de 2018 — e ainda não se sabe com quais recursos — tem tudo para repetir aquele clima de fim dos tempos dos últimos dias de Sarney, embora o governo esteja conseguindo pôr a economia nos trilhos.

E que ninguém me venha com aquela tolice de que “a história não se repete…”. A história não! Mas as estruturas, ah, essas se repetem, sim!

Transforme a política no reino do mal e alimente o ódio a todos os políticos e seja governado, depois, por um candidato a tirano.

Sim, existe uma espécie de matemática das escolhas políticas. Ou alguém espera que, numa terra devastada, triunfe um amigo das instituições?

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