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Delator da Odebrecht revela caixa 2 de casal Garotinho e diz que Rosinha beneficiou empresa em licitação

O que Sergio Cabral e Anthony Garotinho têm em comum? Está certo, muitas coisas, nenhuma delas edificante. Ambos aparecem, por exemplo, nos anexos da delação premiada do diretor da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo. Se Garotinho achou que seus problemas haviam acabado, agora perceberá que o pior está por vir. Ou melhor, já veio. Azevedo acusa […]

Por Gabriel Mascarenhas Atualizado em 30 jul 2020, 21h08 - Publicado em 10 dez 2016, 11h30

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O que Sergio Cabral e Anthony Garotinho têm em comum? Está certo, muitas coisas, nenhuma delas edificante. Ambos aparecem, por exemplo, nos anexos da delação premiada do diretor da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo.

Se Garotinho achou que seus problemas haviam acabado, agora perceberá que o pior está por vir. Ou melhor, já veio.

Azevedo acusa a mulher de Garotinho, Rosinha, de elaborar duas licitações para a construção de casas populares em Campos do Goytacazes, cidade em que ela era prefeita, com especificações que só permitiram à Odebrecht vencer o certame.

Mas como não há benesse grátis, a construtora desembolsou um total de R$ 9,5 milhões em contribuições oficiais e repasses de caixa 2 a campanhas de Garotinho e Rosinha, entre 2008 e 2014.

O delator diz que, em 2009 e em 2012, Rosinha lançou etapas do programa “Morar Feliz”.

“Diante deste cenário, os fatos me levam a crer que os referidos editais, relativos aos Programas “Morar Feliz I e II” foram lançados levando em consideração que a única empresa grande que teria condições e interesse de fazer a obra era a Odebrecht, o que seria a contrapartida aos pagamentos realizados a pretexto de doações de campanha feitos em 2008″.

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Azevedo se refere à corrida eleitoral em que Rosinha tonou-se prefeita de Campos pela primeira vez, em 2008. Na ocasião, segundo ele, a Odebrecht repassou R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo ao caixa 2 da campanha da senhora Garotinho.

Ainda de acordo com o executivo, o roteiro se repetiu em 2012, na reeleição de Rosinha, e em 2014, quando Garotinho disputou e perdeu a cadeira de governador do estado.

O delator conta que, entre doações oficiais e de caixa 2, a Odebrecht bancou R$ 2,3 milhões para ajudar Rosinha a se manter no comando do executivo de Campos.

Dois anos mais tarde – vale lembrar, ocasião em que a Lava Jato já estava nas ruas – segundo Azevedo, foram mais R$ 5,8 milhões à campanha de Garotinho, também levando em conta contribuições por dentro e por fora.

O patriarca do clã era conhecido na Odebrecht pela inglória alcunha de “Bolinha”. Azevedo revela mais: um Garotinho centralizador, capaz de cobrar pessoalmente os repasses prometidos pela empresa.

“Posso dizer que este tipo de conversa, ou seja, cobrança por eventuais atrasos na entrega dos valores ou mesmo repactuação sobre os valores do pagamento eram comuns”.

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Em contrapartida, o político enrolado com a Justiça mostrava-se disposto a agir para que a Odebrecht não saísse no prejuízo.

“Presenciei algumas vezes Garotinho telefonando para os secretários da Fazenda do Município durante a gestão de Rosinha[…] e pedindo que tivéssemos preferência na regularização dos pagamentos em atraso, o que de fato aconteceu”.

Azevedo relata uma relação informal, quase de camaradas, iniciada a partir da possibilidade de empresa e político engordarem seus caixas.

“embora eu não tivesse qualquer relacionamento com Rosinha, a quem conheci na data da assinatura deste contrato (Morar Feliz), mantinha relação próxima a Antonhy Garotinho, o que me permitia tratar com ele, sem burocracia, qualquer dificuldade que tivesse em nossos projetos. Foram exatamente os pagamentos feitos a Garotinho a pretexto das doações de campanha que abriram as portas para o meu contato direto com ele”.

Ao melhor estilo uma mão suja a outra.

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