Apontado como operador nos esquemas de propina de Sergio Cabral, Wagner Jordão Garcia apresentou nesta quarta (16) as alegações finais no processo em que é acusado de lavagem de dinheiro.
Garcia é acusado de operar a engenharia financeira montada por Cabral para desviar dinheiro de empreiteiras através da Secretaria de Obras.
Ele foi preso pela Operação Calicute. Segundo o Ministério Público, somente neste esquema foram surrupiados R$ 224 milhões dos cofres fluminenses.
No documento de 56 páginas entregue ao juiz Marcelo Bretas, que cuida da primeira instância da Lava-Jato no Rio, a defesa de Garcia pede sua absolvição. Segundo os advogados, Garcia não participou de reuniões para discutir propina, e tampouco tirou proveito financeiro do esquema.
“Apesar da alarmante situação ao qual o Estado do Rio de Janeiro se encontra, insta esclarecer que tal fato não é culpa do Réu, uma vez que o mesmo não teve qualquer proveito financeiro e, seria prepotência deduzir que o Acusado, com tão pouco poder, praticamente nenhum, pudesse interferir no bom andamento administrativo/financeiro de um Estado inteiro”, escreveram.