Antes de irem a público o áudios em que Aécio Neves escala seu primo, Fred Pacheco, para pegar uma grana com Joesley Batista, o carregador de malas do senador mineiro já se tremia todo com a possibilidade de ser explodido em uma delação.
Numa das muitas conversas gravadas pelo executivo da J&F Ricardo Saud, seu interlocutor é Fred Pacheco. Homem de confiança de Aécio, ele deixa transbordar sua paúra com o futuro próximo.
“Você viu meu nome em algum lugar? Sou filhotinho, cara”, diz Fred, colocando-se como um peixe pequeno no mundo dos tubarões da corrupção.
Em seguida, ele explica a origem do temor: “Um amigo meu falou que o Ricardo (Pessoa), da UTC, quando foi depor lá no Moro, alguém lá… ou do Ministério Público, perguntaram se ele conhecia três pessoas: ‘fulano, fulano e Fred Pacheco”.
Hoje, depois de ser preso pela Polícia Federal e responder a um processo na Justiça e ganhar notoriedade nacional, Frd deve dar mais ouvidos à própria intuição.