Um depoimento feito na semana passada complicou ainda mais a situação da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Pimentel, na Operação Acrônimo.
Em acordo de delação, Vitor Nicolato, publicitário ligado ao empresário Benedito Oliveira, disse que a pedido de Carolina, a agência Nova S/B pagou 200 000 reais a um fornecedor da vitoriosa campanha de Fernando Pimentel ao governo do estado em 2014.
Um pouco antes disso, Pimentel era ministro do Desenvolvimento, exercendo profunda influência no BNDES, cuja conta de publicidade pertencia à Nova S/B. A agência, uma das vencedoras da licitação do Banco do Brasil, suspensa por suspeita de favorecimento a uma das concorrentes, nega veementemente o episódio. Em sua defesa, a Nova S/B diz que um funcionário seu foi procurado meses trás por Vitor Nicolato e ele ameaçou fazer essa denúncia para prejudicar a agência. De acordo com sua regra de compliance, a Nova S/B colheu o depoimento do funcionário.