Investigação a supostas contas de Lula e Dilma estaciona
Enquanto PGR não definir em qual vara da Justiça Federal processo deve correr, delação de Joesley não servirá para nada
Uma pendenga judicial impede que a Procuradoria da República do Distrito Federal dê andamento à investigação de supostas contas que Joesley Batista mantinha para Lula e Dilma no exterior, com saldo total de 150 milhões de dólares.
O caso, relatado pelo dono da JBS em sua delação, desceu do Supremo para a primeira instância. Aí começaram os problemas.
Em tese, o inquérito correria na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, mas a 12ª Vara emitiu um despacho puxando o caso para si.
Diante da divergência, cabe à 5ª Câmara da PGR decidir para onde, enfim, deve seguir o inquérito.
Perfeito, mas enquanto não há uma definição, na prática, o Ministério Público Federal que atua na primeira instância não pode usar o material contido na delação de Joesley, ou seja, o grosso das informações.
Até lá, o procurador que vinha tocando o caso, Ivan Claudio Marx, dispõe apenas do que o empresário disse em depoimento à própria procuradoria da República do DF. Em suma, a letargia só beneficia uma das partes: a dos investigados.