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União Europeia investe em pacto climático em Durban

Por Por Marlowe Hood
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h53 - Publicado em 30 nov 2011, 18h02

O projeto europeu de um acordo legalmente vinculante que possa vencer o impasse nas negociações climáticas da ONU em Durban luta para ganhar força, afirmaram negociadores e observadores reunidos esta quarta-feira na África do Sul.

Segundo o plano da União Europeia, todos os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo concordariam em costurar um pacto vinculante em 2015 e implementá-lo até, no máximo, 2020.

“Nós pensamos que atrasar a ação é caro e perigoso. Precisamos agir agora, precisamos elevar nosso nível de esforço”, afirmou esta quarta o alto negociador da União Europeia, Artur Runge-Metzger.

Uma série de relatórios científicos recentes demonstraram que a janela de oportunidades para se evitar um superaquecimento perigoso do planeta está se fechando rapidamente, afirmou.

Como consequência, a UE manifestou o desejo de renovar suas metas de redução das emissões de carbono estabelecidas no Protocolo de Kioto, cuja primeira rodada de compromissos expira no ano que vem.

Tanto China quanto Estados Unidos, os dois maiores emissores de dióxido de carbono do mundo, atacaram o plano, assim como os países pobres, que querem que os ricos aprovem um compromisso mais rápido sobre financiamento e corte de emissões.

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Os países em desenvolvimento chegaram à conferência da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que abriga 194 membros, pedindo que Kioto seja mantido vivo.

Mas outros atores-chave da crise climática – cada um com razões próprias, expressas ou não – têm jogado uma ducha de água fria sobre o plano da UE.

“Eu troquei pontos de vista com meus colegas europeus antes de vir aqui e disse a eles, muito claramente, que um mandato é demais”, disse à AFP Li Gao, alto negociador climático da China, às margens da reunião.

Para a China, já existe um entendimento para um acordo climático global.

O chamado Mapa do Caminho, acertado em 2007 em Bali, deveria ter conduzido a um pacto em Copenhague, dois anos depois.

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Mas ao invés disso, a reunião na capital dinamarquesa entrou em um beco sem saída, evitando o fracasso nos últimos minutos com a produção de um acordo que nem de longe vislumbrava o objetivo pretendido.

“Ainda estamos no processo do Mapa do Caminho de Bali. Precisamos terminar nosso mandato e então poderemos conversar sobre um novo”, disse Li.

“Se ainda não terminamos, o que devemos fazer? Não podemos falar sobre algo novo, não é a forma correta de proceder”, acrescentou.

O negociador climático dos Estados Unidos, Jonathan Pershing, reconheceu a necessidade de maiores esforços após 2020, mas disse que o plano europeu põe a carroça na frente dos bois.

“Alguns países querem estipular antes quais devem ser os passos de um acordo legalmente vinculante. Outros, incluindo o nosso, demonstraram que querem saber mais sobre o conteúdo deste acordo antes de se comprometer com um documento legal em particular”, afirmou.

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