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Começa contagem regressiva para colisão de sonda russa com a Terra

Fobos-Grunt estudaria a composição de uma lua marciana mas não conseguiu deixar a órbita da Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h49 - Publicado em 9 jan 2012, 09h05

A agência espacial russa, a Roscosmos, começou a contagem regressiva para a colisão da estação interplanetária Fobos-Grunt com a Terra. A sonda deveria estudar uma das luas de Marte, mas está à deriva em torno da Terra desde o dia 8 de novembro de 2011.

Trapalhada russa

Programa espacial sofre com série de fracassos

5 de dezembro de 2010

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Três satélites russos do sistema GLONASS, concorrente russo do americano GPS, caíram no pacífico em um lançamento fracassado.

29 de dezembro de 2010

Insatisfeito com o rendimento da agência, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, demitiu dois altos funcionários da Roscosmos. O puxão de orelha não foi suficiente para segurar o presidente da Roscosmos, Anatoly Perminov, substituído em abril de 2011 por Vladmir Popovkin.

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18 de agosto de 2011

O satélite de comunicação Express-AM4, que seria responsável por serviços de internet e televisão digital para a Rússia e mais 11 países, entrou na órbita errada. Os engenheiros russos perderam contato com a sonda.

24 de agosto de 2011

A nave de carga Progress-M-12M, que levava mantimentos até a Estação Espacial Internacional (ISS), caiu na Sibéria logo após seu lançamento.

De acordo com um comunicado da Roscosmos, a queda da nave deve ocorrer entre 10 e 21 de janeiro, mais provavelmente no dia 15. Quanto ao local da colisão da sonda, a Roscosmos só deve prevê-lo 24 horas antes da entrada na atmosfera.

Segundo a agência russa, a nave não representa nenhuma ameaça ao planeta. A superfície da Terra será atingida apenas por cerca de 20 a 30 fragmentos da nave, com uma massa conjunta que não ultrapassará 200 quilos. O resto da sonda será desintegrado ao reentrar na atmosfera terrestre.

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Queda livre – Nos últimos meses, duas naves também se chocaram com a Terra: o satélite meteorológico americano UARS, que caiu em setembro no oceano Pacífico, e o alemão ROSAT, um mês depois, no Índico.

O Centro Geral de Reconhecimento Espacial do Ministério da Defesa russo, que determinou com precisão a data e o local da queda do UARS e do ROSAT, vigia os parâmetros da órbita da estação ininterruptamente.

Defeitos – A Fobos-Grunt pretendia ser a primeira nave espacial a pousar na superfície de Fobos, uma das duas luas do planeta vermelho, para estudar a matéria que deu origem ao sistema solar.

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“A estação foi projetada e construída com graves defeitos, do sistema de comando ao programa de abastecimento”, diz Igor Lisov, diretor da revista Cosmonautics News.

Herança perdida – O programa de lançamentos russo está em plena crise após vários acidentes. Lisov explicou que entre a desintegração da União Soviética, em 1991, e 2007, o programa espacial russo teve um financiamento estatal insuficiente e que o recente reforço de caixa não será notado na qualidade do trabalho em menos de cinco anos.

Para Lisov, a respeitada herança da escola soviética, em grande parte, já se perdeu. “Só conservamos o programa de naves pilotadas, os satélites de comunicações e o sistema de navegação GLONASS”, disse.

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Lisov acredita que a Rússia, a primeira potência a enviar um homem ao espaço (Yuri Gagarin, em 1961), ainda poderá competir com a China, mas não com os Estados Unidos.

(Com agência EFE)

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