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Células da pele protegem contra reaparição de infecções cutâneas, diz estudo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h44 - Publicado em 29 fev 2012, 15h54

Londres, 29 fev (EFE).- Um estudo realizado nos Estados Unidos com ratos mostrou que a pele desta espécie possui células ‘com memória’ que proporcionam uma proteção rápida e duradoura contra infecções dermatológicas anteriores, segundo divulgou nesta quarta-feira a revista científica ‘Nature’.

Conhecidas como células T de memória, elas podem ser circulantes – encontradas no sangue e nos nódulos linfáticos -, ou localizadas num tecido específico. Em ambos os casos, elas se multiplicam após o corpo detectar a existência de um agente infeccioso.

Os cientistas inocularam o vírus do herpes simples em ratos e observaram a reação dos dois tipos de células um mês depois da origem da infecção.

Desta forma, comprovaram que a resposta das células T abrigadas na pele foi superior a das circulantes, e que elas se reproduziram para dar uma resposta ‘rápida e contundente’ contra a infecção, graças à segregação de citosinas, proteínas responsáveis pelo mecanismo de inflamação.

Segundo explica Thomas Kupper, dermatologista do Hospital Brigham and Women de Boston, sua equipe não só encontrou células T no tecido contaminado pelo herpes, mas também em zonas afastadas da infecção.

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Embora nestas áreas da pele a quantidade destas células era menor, seu efeito protetor era o mesmo que nas zonas infectadas. Os cientistas deduziram que as células T localizadas num tecido específico protegem contra uma reaparição do herpes em toda a pele, e não só nos locais onde o herpes foi inoculado.

Além disso, estas células perduraram tanto na derme como na epiderme, durante pelo menos seis meses, período no qual os roedores permaneceram protegidos contra uma possível reaparição da doença.

‘Achamos que esta é uma forma não reconhecida previamente pela qual o sistema imune nos protege de microorganismos patógenos no meio ambiente e nos mantém livres da doença’, explicou Kupper.

Pesquisas em humanos encontraram células deste tipo nos pulmões, mucosa cervical e no intestino.

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Para Kupper, o estudo pode influir na criação de vacinas e proporcionar uma melhor compreensão das doenças infecciosas em humanos nas quais atuam essa classe de células.

‘A maioria das vacinas modernas se aplicam no tecido muscular, mas o músculo nunca teve que evoluir para combater a infecção, enquanto a pele sim. Achamos que o objetivo da pesquisa sobre vacinas deveria ser criar células T de memória residentes que vivam nos tecidos periféricos relevantes’, acrescentou Kupper.

Assim, ‘para o HIV, gostaríamos de criar células T que vivam na mucosa gastrointestinal e reprodutiva, enquanto para a hepatite C, no fígado’, expressou Kupper. EFE

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