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Segurança cibernética é mercado em pleno boom

Por Por Patrick Rahir
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h43 - Publicado em 8 mar 2012, 14h05

Ataques de hackers, espionagem industrial e vírus destruidores tornaram a internet a quinta dimensão do setor de defesa, e os industriais avançam sobre este mercado em pleno boom.

Os Estados Unidos indiciaram nesta terça-feira cinco hackers, alguns membros do grupo Anonymous, acusados de atacar um total de 1 milhão de vítimas, incluindo governos e grandes empresas.

As perdas causadas por estes ataques reforçaram a conscientização sobre a vulnerabilidade das redes e da importância da segurança cibernética, tanto para os Estados como para as empresas.

A empresa britânica Ultra Electronics estimou que o mercado mundial de segurança cibernética movimente cerca de 50 bilhões de dólares anuais.

“E este mercado cresce 10% ao ano, duas vezes mais rápido do que o setor de tecnologia da informação”, afirmou Denis Gardin, diretor do Cassidian Cyber Solutions, uma unidade do gigante europeu da aeronáutica e da defesa.

Trata-se quase de uma febre do setor, batizada de “quinta dimensão da defesa”, depois da terra, o mar, o ar e o espaço.

“Há um ano, os industriais de defesa adquiriram empresas de tecnologia em ritmo frenético para reforçar as capacidades da segurança cibernética”, disse Guy Anderson, analista em chefe da Jane’s IHS.

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“A segurança cibernética passou a ser percebida como um bote salva-vidas para a indústria quando o gasto em defesa cai em todos os países ocidentais: era um dos últimos setores de crescimento”, completou este especialista.

A Otan tomou consciência do programa desde que ataques lançados da Rússia saturaram os sites do governo estoniano em 2007, durante uma crise entre Moscou e Talin. A Aliança do Atlântico Norte dispõe agora de uma base da ciberdefesa na capital estoniana.

Também em 2007, Israel pirateou a rede de defesa antiaérea síria, e tomou o controle de suas telas de radar quando a aviação israelense destruía uma central nuclear em construção, afirma Richard Clark, um antigo conselheiro da Casa Branca, em seu livro “Cyberwar”.

Desde então, os ataques são cada vez mais sofisticados, passando dos roubos de propriedade intelectual à destruição física das máquinas.

“A partir de 2009 passamos a recuperar informação, penetrando nos sistemas mais sensíveis”, disse Philippe Cothier, do Centro de Estudos e de Perspectiva Estratégica.

Em 2010, o misterioso vírus Stuxnet atacou as centrífugas do programa nuclear iraniano.

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“Era uma boa ideia”, comentou um antigo diretor da CIA Michael Hayden. Mas criou um precedente perigoso. “Diante dos olhos do resto do mundo, legitimou este tipo de atividade”, admitiu.

Os governos ocidentais reforçam assim suas defesas; o Pentágono adquiriu um cibercomando e as cifras mais fantásticas circulam entre batalhões de hackers na China.

A cibersegurança não concerne apenas a defesa. “As redes são os sistemas nervosos da sociedade”, afirmou Stanislas de Maupéou, do grupo francês Thales.

“O mundo cibernético tornou-se algo absolutamente enorme”, disse Cothier, que lembrou que até as geladeiras tem endereço de IP (Internet Protocol), número de identificação atribuído a cada aparelho vinculado à rede.

“Em 2008, havia no mundo 2 bilhões de endereços de IP, hoje há 30 bilhões, quatro vezes a população mundial”, disse,

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