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Células-tronco do câncer de fígado podem ser responsáveis pela resistência à medicação e pela metástase da doença

Segundo estudo, proteína CD24 ativaria efeito em cadeia que leva à proliferação do tumor. Descoberta pode levar a novos tratamentos para o câncer de fígado

Por Da Redação
7 jul 2011, 12h32

As células-tronco do câncer de fígado podem ser as responsáveis pela resistência e metástase da doença. De acordo com uma pesquisa chinesa publicada no periódico Cell Stem Cell, ao se incorporarem às células do tumor, essas células-tronco deixam a doença imune à quimioterapia, fazem com que ela se espalhe para outros órgãos e ainda permitem que o câncer retorne mesmo após uma cirurgia para a remoção do tumor. A descoberta pode levar a novos tratamentos para a doença.

Segundo a pesquisa, as células-tronco do câncer têm uma proteína em sua superfície chamada CD24. “Pacientes com alta contagem de CD24 tendem a ter poucas chances de sobrevivência”, diz Irene Ng, coordenadora do estudo, professora e diretora do Laboratório State Key, da Universidade de Hong Kong.

“A CD24 é como um botão, um interruptor em algumas células-tronco do câncer. Uma vez que elas são ligadas, ativam uma outra proteína na célula chamada STAT3”, diz Ng. Essa proteína penetraria, então, no núcleo celular para realizar sua funções, que são formar tumores, espalhá-los e torná-los resistente às drogas. “Se inibimos as funções do STAT3, conseguimos bloquear as funções dessas células-tronco do câncer”, diz Terence Lee, pesquisadora envolvida no estudo.

As células-tronco são encontradas por todo o corpo e têm a capacidade de se transformarem em diferentes tipos de células, de se multiplicarem e de se auto-renovarem. As células-tronco do câncer de fígado são, portanto, problemáticas para a saúde, uma vez que são as responsáveis pelo crescimento do tumor, fazendo com que ele se espalhe e seja resistente às medicações.

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Análise – No experimento, Ng e sua equipe descobriram que camundongos que recebiam implantes de câncer de fígado enriquecidos com CD24 eram resistentes à quimioterapia. Eles injetaram, então, duas colônias de células cancerígenas em locais distintos do fígado de um mesmo animal: uma com células-tronco com CD24 e a outra sem a proteína CD24. “A região do fígado que recebeu a proteína CD24 teve um crescimento e uma disseminação do câncer, o que não aconteceu na área que não recebeu a proteína”, diz Lee.

Na sequência, a equipe analisou pacientes humanos com a doença e descobriu que aqueles que possuíam altas concentrações de CD24 tinham cerca de 67% mais chances de recorrência do câncer em um ano após a cirurgia de retirada do tumor. Já aqueles que tinham baixas concentrações da proteína apresentavam apenas 21% de riscos de recorrência. Aqueles com altas concentrações de CD24 tinham ainda 80% mais chances de o câncer se espalhar, comparado a 32% daqueles com baixa concentração.

(Com agência Reuters)

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