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Por Vilma Gryzinski
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Foi ela: Susan Rice, ex-Obama, interferiu na espionagem de Trump

Como assessora de Segurança Nacional do governo anterior, ela acessou informações secretas e “abriu” o nome de colaboradores grampeados do atual presidente

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 4 abr 2017, 08h22 - Publicado em 4 abr 2017, 08h22

Mentir, ela já mentiu. Bastante e do jeito errado – o que é facilmente flagrado. Susan Rice, a briguenta conselheira de Segurança Nacional de Barack Obama tornou-se sinônimo do assessor churrasqueado pelo chefe.

Cumprindo ordens para diminuir os danos políicos, ela repetiu nada menos de cinco vezes em um único dia de entrevistas a programas de televisão,  que o atentado de 2012 contra o consulado americano em Benghazi, no qual o embaixador foi assassinado, entre outros,  havia sido provocado por um obscuro vídeo anti-muçulmano feito por um egípcio cristão nos Estados Unidos.

Foi recompensada com a a transferência de embaixadora na ONU para assessora de Segurança Nacional, um cargo mais importante. Mas perdeu a chance de vir a ser, eventualmente, a substituta de Hillary Clinton como secretária de Estado.

Agora, a fidelidade de Susan Rice foi novamente comprovada através de outra encrenca, potencialmente mais comprometedora. Através de registros na movimentação de computadores na Casa Branca durante o governo Obama – vazados para um dos melhores repórteres americanos da atualidade, Eli Lake -, foi ela quem pediu para “tirar a tarja” de nomes de assessores de Trump durante a campanha.

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MÁSCARA CAÍDA

“Tirar a tarja, ou desmascarar, ” significa identificar cidadãos americanos que são captados em escutas de estrangeiros suspeitos de espionagem, terrorismo e outros crimes.

O mecanismo existe para proteger a identidade de pessoas que não têm nada a ver com uma determinada investigação, ou pelo menos nenhum juiz autorizou que sejam grampeadas, e aparecem em contatos  “incidentais”.

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Apenas cerca de vinte autoridades de qualquer governo podem pedir para “tirar a tarja”. Susan Rice era uma delas e fez isso em várias oportunidades durante os últimos sete meses do governo Obama. Este período inclui a decisiva etapa final da campanha presidencial, depois da eleição, chocante para os obamistas, e até janeiro, quando Trump tomou posse.

A maioria das conversas nada tinha a ver com contatos com representantes do governo russo, uma das maiores complicações, embora absurdamente exagerada, do governo Trump. Susan Rice tinha autoridade para pedir os nomes. Divulgá-los, através de vazamentos para a imprensa, é uma outra conversa.

Antes mesmo das novas revelações, ela tirou a máscara, de novo. “Não sei nada sobre isso”, mentiu numa entrevista no mês passado à ultra-obamista PBS, a rádio pública que depende apenas em parte de verbas do governo, cortadas por Trump, numa de suas mais acertadas iniciativas.

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Nenhum órgão público pode, evidentemente, ter preferências político-partidárias, ferindo os princípios da isenção. O primeiro artigo da constituição americana garante a livre expressão em limites inimagináveis fora dos Estados Unidos, não a “seita” obamista vigente na PBS.

RABO DO CAVALO

Susan Rice fez uma carreira notável em política externa, parecida em vários pontos com a de Condoleezza Rice – nada a ver, apesar do mesmo sobrenome. A Rice de George Bush teve carreira acadêmica, foi conselheira de Segurança Nacional e secretária de Estado, com uma maneira de agir altamente disciplinada, focada e educada.

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A Rice de Obama foi quase tudo isso: acadêmica, subsecretária de Estado de Bill Clinton, embaixadora na ONU e conselheira de Segurança de Obama. Menos a parte educada.

Entre outros desaforos públicos, tripudiou agressivamente sobre o senador republicano John McCain – novo herói dos democratas pelas críticas a Trump,  depois de ser durante anos colocado por democratas abaixo daquilo que sai na área do rabo do cavalo.

As duas Rice nasceram em famílias de negros de classe média que valorizavam enormemente a educação. Condoleezza é celibatária,. Susan se casou com um jornalista canadense.

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As revelações sobre a interferência dela no acesso e identificação das escutas feita pela NSA envolvendo pessoal de Trump têm enorme importância em dois casos que ainda estão se desdobrando.

Primeiro, a famosa tuítada de Trump dizendo que Obama havia grampeado a Trump Tower. De alguma forma, isso está sendo confirmado. Mesmo que não tenha sido “Obama” no sentido de uma ordem direta do presidente, o acesso e o vazamento de informações sigilosas ficam cada vez mais claros.

Segundo, a “conexão russa”, os estranhos e aparentemente inexplicáveis contatos de pessoas do círculo de Trump com agentes e representantes russos. O tamanho exato de as implicações disso ainda são um mistério.

Mas o tamanho de Obama e seus avatares em relação à espionagem, mesmo com conteúdos potencialmente chocantes e até criminosos, vai ficando menor. Susan Rice também fica cada vez pior na foto.

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