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Está na hora de dar o beijo da despedida ou Trump tem gás?

Vitórias da oposição democrata em eleições estaduais criam ambiente propício para os inimigos que querem ver o presidente no chão

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 30 jul 2020, 20h41 - Publicado em 8 nov 2017, 11h10

Durante um ano, base e cúpula do Partido Democrata penaram no pior dos desertos do mundo político, o da derrota eleitoral.

Depois de se engasgar com a vitória presidencial de Donald Trump, ainda tiveram que engolir quatro republicanos eleitos para vagas abertas em condições especiais.

Agora, estão comemorando bons resultados: elegeram governadores em Virginia e Nova Jersey,  o insuportável Bill de Blasio (nome verdadeiro: Warren Willheim) foi reeleito prefeito em Nova York e umas outras coisinhas.

Falar alguma coisa vaga e democrática, como perder faz parte do jogo,  é a reação habitual dos derrotados, mas Trump não segue regras de manual político. Criticou o candidato republicano de Virginia, Ed Gillespie, que manteve distância do presidente “e nunca aderiu a mim ou tudo aquilo que defendo”.

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“Com os números recordes da economia, vamos continuar ganhando, até mais do que antes”, cutucou Trump, que está convenientemente fora dos Estados Unidos, numa longa visita a países asiáticos.

Apesar da birra, os números da economia são realmente bons – tenham ou não relação com as poucas coisas que Trump conseguiu fazer, por decreto, uma vez que muita coisa empaca até no Congresso onde o Partido Republicano tem maioria.

Se com maioria na Câmara e no Senado está difícil fazer reformas de grande alcance, como a do sistema de saúde e da estrutura fiscal, imaginem esta maioria acabar no ano que vem.

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Na média das pesquisas “genéricas”, feitas só com partidos e não candidatos específicos, os democratas ganham com 46,3% e os republicanos amargam 37,2%.

Atenção: isso não significa um retrato claro do que vai acontecer nas eleições para o Congresso. Mas já dá uma ideia. Mesmo com presidentes mais estabilizados do que Trump, é frequente que o eleitorado se incline para o partido de oposição nas eleições legislativas chamadas de “midterm”, meio de mandato.

Como praticamente todos os especialistas já se queimaram com prognósticos errados, alguns estão fazendo exercícios intelectuais para ir contra a corrente e apontar motivos que sustentam a hipótese de reeleição de Trump em 2020.

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O principal deles é o histórico: dos vinte presidentes em exercício que se candidataram de novo, dezessete foram eleitos.

Outro: as pesquisas que indicam um índice ruim de aprovação a Trump – na média, 38,7% – são feitas com os americanos em geral. Entre os eleitores registrados que saem de casa para votar, pode dar outra coisa – exatamente como aconteceu na eleição presidencial.

Doug Sosnik, especialista em estratégias eleitorais do Partido Democrata, fez um resumo provocativo dos motivos para uma reeleição de Trump. Com as devidas exceções: “Se ele não for tirado do cargo ou levar o país a algum tipo de catástrofe global”.

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A análise de Sosnik se aplica a vários outros países, com as devidas adaptações. Por isso, vale a pena conhecê-la. “A política americana entrou em uma nova era”, escreveu ele. “Antes, as divisões ideológicas entre os partidos eram amplamente a respeito de temas sociais, despesas com defesa e comércio, além de cortes de impostos para ricos e empresas.”

“Hoje, o tema central se tornou o populismo na medida em que os eleitores se afastaram de ambos os partidos e cada vez mais se declaram independentes.”

Trump soube explorar a frustração de uma boa parte do eleitorado, desiludido com as instituições. E continua a cultivar estes eleitores. “O apoio que tem deles é pessoal, não ideológico”, diz Sosnik.

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É com eles que  Trump vai contar em 2020. Isso e a economia, com crescimento de 3% e situação praticamente de pleno emprego. E a falta de um candidato democrata forte, no momento.

Trump tem gás para brigar e tem o pessoal que não o abandona, nem que seja só para deixar o outro lado irritado.

Mas se os republicanos continuarem a perder eleições, as possibilidades de que chegue a 2020 candidato – ou mesmo de que chegue, no caso de descobertas comprometedoras na investigação das conexões russas – ficam menores.

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