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Por Vilma Gryzinski
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A marchinha da moda: ‘Mamãe eu quero’ votar em corrupto

Ingênuos, iludidos, mal resolvidos? Está acabando o estoque de desculpas para os que fazem campanha por “Diretas Já”, mas querem mais daquilo

Por Vilma Gryzinski 29 Maio 2017, 15h25

 

Muitos brasileiros que votaram num dos traidores do povo para presidente, o que foi derrotado, estão enojados, perplexos, revoltados. Na maioria das vezes, nem sabem quem  apoiar nesse momento. Na falta de tudo, até de esperança, rejeitam todos.

Entre aqueles que votaram nos traidores que venceram, muitos estão tristes, desiludidos, arrasados pela perfídia criminosa dos que consideravam defensores do povo. Não sabem como reagir ou o que fazer.

No meio destes, uma minoria detém todas as certezas. Atendem a manifestações convocadas por artistas e chacoalham ao som de Mamãe Eu Quero, a mais auto-referente e deliciosamente edipiana de todas as marchinhas de carnaval.

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Os conhecedores dessa arte popular dizem que boa parte  da marcha foi inventada na hora da gravação, em 1936, por seus autores, Jararaca e Vicente Paiva.

Os que a repetem, hoje, exigindo Diretas Já, convocação roubada do original, autêntico, pensam mesmo é na volta da Jararaca.

São, na maioria, militantes ou simpatizantes dos pequenos partidos de esquerda. Aqueles mesmo que gritam, incitam à destruição e têm “a mão dilacerada”, na voz passiva, como se não estivessem segurando o rojão para jogar na cara dos que evitaram, mais uma vez, a incineração de patrimônio pertencente à nação.

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TRAIDORES DO POVO

Depois de gritar, cuspir, agredir, quebrar e incendiar, com a honrosa e elogiável exceção dos que só cantaram  Mamãe Eu Quero, acabam todos fazendo a mesma coisa: votando na Jararaca ou se aliando ao partido da Jararaca.

Esta, evidentemente, é fiel ao imperativo dos répteis venenosos. Manda a massa de manobra pedir Diretas Já, mas prepara o bote para escapar ao serpentário de Curitiba.

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Não é segredo para ninguém, tudo tem sido feito praticamente à luz do dia. O que explica que, fora a pelegada e os profissionais, pessoas inteligentes, educadas nas melhores escolas, com alto nível de espírito crítico e acesso a todo tipo de informação, incorram nesse tipo de auto-engano?

Não são ingênuas. E quem acredita nessa palavra depois que foi invocada pelo participante-chave no encontro que intoxicou o Brasil?

Não são iludidas. E, se fossem, teriam que arcar com a responsabilidade de fechar olhos, ouvidos e nariz à podridão, ao estrondo e ao fedor do que está acontecendo à nossa volta.

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Seriam mal resolvidas? Reconhecer que defendem sabotadores de seus próprios ideais talvez seja difícil demais. Talvez afete egos despreparados para distinguir entre a auto-imagem e os sonhos que confiaram aos traidores do povo.

VIDA NA BOLHA

Artistas, em especial, são movidos por egos especialmente sensíveis. Querem encantar, seduzir, hipnotizar. Querem ser incondicionalmente amados, como todo mundo. Mas com a intensidade avassaladora dos que vivem na maior de todas as bolhas, o mundo único da celebridade.

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Um mundo onde só recebem aplausos, elogios, louvores, apologias, loas, encômios. Adoração total e incondicional.

Por isso, sofrem quando descobrem que podem ser amados por sua arte, por sua inteligência criativa, por suas músicas maravilhosas, por suas espetaculares interpretações; mas criticados, repudiados e até ridicularizados por suas posições políticas.

Vão para a rua e cantam Mamãe Eu Quero.

Como tudo o que fazem tem enorme destaque, ganham intensa cobertura. Acham que estão defendendo uma causa nobre, comandando as massas, liderando a revolução etc etc. Não entendem quando riem da cara deles.

Estão encantados, seduzidos, hipnotizados pela ideia de votar na Jararaca. Se entendessem que sua visibilidade excepcional também implica em responsabilidade maior pelo que dizem em público, estariam menos comprometidos.

Se tivessem menos certezas absolutas e mais dúvidas, estariam em companhia melhor.

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