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Por Coluna
A verdade por trás de manchetes falsas que se espalham pela internet. Editado por João Pedroso de Campos.
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General que defendeu golpe será comandante do Exército?

Notícia falsa afirma que general Antonio Hamilton Mourão, que admitiu 'derrubar esse troço todo', deve assumir 'a qualquer momento'

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 dez 2017, 20h32 - Publicado em 26 set 2017, 18h51

Depois da manifestação em que admitiu um golpe militar no Brasil, há pouco mais de uma semana, o general Antonio Hamilton Mourão empolgou os simpatizantes da volta dos militares ao poder. Empolgou tanto que protagoniza um uma notícia falsa segundo a qual ele está na iminência de assumir o comando do Exército.

Inventado pelo site Saúde, Vida e Família, um notório criador de lorotas na internet, e propagado por outros blogs igualmente descuidados com a verdade, o boato afirma que “General Mourão pode ser o novo comandante do Exército a qualquer momento”.

Leia abaixo o que diz a notícia falsa:

General Mourão pode ser o novo comandante do Exército a qualquer momento, confira.

Dados de um monitoramento feito pelo Exército mostram que 95% das publicações na web sobre a fala do general Mourão são positivas ao militar, o estado de saúde do atual comandante Villas Bôas se agrava, [sic.] General Mourão sera [sic.] o novo comandante.

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“Se o Judiciário for incapaz de retirar da vida pública esses elementos envolvidos em ilícitos, os militares se encarregarão da tarefa”, disse o general durante palestra em uma loja maçônica em Brasília. Mourão falou o que todo brasileiro trabalhador e pagar [sic.] de impostos pensa.

Ninguém aguenta mais tanta impunidade e tanta corrupção.

Resta saber se os deputados, prestes a decidirem pelo prosseguimento da denúncia de Michel Temer, entenderam o recado.

Como informa a edição de VEJA desta semana, o general Mourão está longe de assumir o comando do Exército. Ele deve ir para a reserva em poucos meses e suas pretensões mais ambiciosas envolvem o Clube Militar, cujo presidente será eleito em maio de 2018. O general, aliás, só escapou das devidas punições por tal transgressão às normas militares graças a uma “operação panos quentes” engendrada pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

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Além disso, é impensável que “publicações na web” sobre a polêmica manifestação do general, por mais positivas que fossem, pudessem, de algum modo, ter interferência na definição do ocupante do posto máximo da hierarquia do Exército. Os comandantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) são escolhidos pelo presidente da República. Villas Bôas foi nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015, e sucedeu ao general Enzo Martins Peri, que liderava a instituição desde 2007.

Sobre o estado de saúde do atual comandante, o próprio Eduardo Villas Bôas revelou, em março de 2017, sofrer de uma doença neuromotora de caráter degenerativo. Em entrevista a VEJA, em abril, ele relatou que tem dificuldades para caminhar e “alguma dificuldade respiratória”. “Comecei a ver notícias de que eu estaria para ser exonerado ou que havia pedido para sair. Então, decidi ser transparente”, disse o general. “Vivo hoje procurando me equilibrar entre até onde vai meu dever de continuar lutando e permanecer no exercício do cargo e a partir de que momento passarei a atrapalhar. É algo muito sutil”, completou.

 

Agora você também pode colaborar com o Me engana que eu posto no combate às notícias mentirosas da internet. Recebeu alguma informação que suspeita – ou tem certeza – ser falsa? Envie para o blog via WhatsApp, no número (11) 9 9967-9374.

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