Marcelo Odebrecht desiste de Dilma como testemunha
Dilma falaria na ação penal que tem o empreiteiro, Palocci e Santana entre os réus
Os advogados do empreiteiro Marcelo Odebrecht, um dos 77 executivos do Grupo Odebrecht que fecharam acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, informaram nesta sexta-feira ao juiz federal Sergio Moro que desistem de ter a ex-presidente Dilma Rousseff como testemunha de defesa. Dilma deporia na sexta-feira da semana que vem, às 14h, por meio de videoconferência na sede da Justiça Federal em Porto Alegre.
A petista falaria na ação penal que tem entre os réus, além de Odebrecht, Antonio Palocci, ministro da Casa Civil durante parte de seu primeiro mandato, e o marqueteiro João Santana, responsável pela propaganda de suas duas campanhas vitoriosas à presidência.
Palocci é acusado de manter uma “conta-corrente da propina” com PT e a Odebrecht, por meio da qual teriam sido pagos 200 milhões de reais em propina entre 2008 e 2013. Segundo o Ministério Público Federal, Santana foi um dos beneficiários do dinheiro sujo.
Além de Dilma, a defesa do “príncipe dos empreiteiros” também abriu mão do depoimento de Roberto Prisco Ramos, ex-presidente da Odebrecht Óleo e Gás.