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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Manual prático para mentir como um político campeão

Negar uma delação é para os fortes (de lábia, não de caráter)

Por Nicolau Maquiavel
Atualizado em 14 dez 2016, 19h47 - Publicado em 14 dez 2016, 19h12

A geração atual da política brasileira não tem honrado a tradição da classe de lorotar com a competência e a precisão de outros tempos. Os anos de discursos politicamente corretos, coraçõezinhos desenhados com as mãos e celulares com capinha do Romero Britto fizeram mal aos Marcolas de colarinho branco. A seguir, um manual sem rodeios para mentir como um populista à moda antiga.

1 – Parem, pelo amor de vossas contas na Suíça, de negar “veementemente” que aquele dinheirinho sujo, ops!, caiu no bolso do paletó. O advérbio, sejamos francos, não alivia em nada qualquer barra. Só faz vossa excelência soar como político de programa de humor de terceira categoria.

2 – Criticar “vazamentos seletivos”, francamente, é um tanto infantil. “Só estão contando os meus podres. E o do coleguinha?”

3 – A frase “Delações não homologadas” vai pelo mesmo caminho. O eleitor está preocupado com os pecados, não com a madeira do confessionário. Tente outra.

4 – “Eu nem conheço fulano.” Primeiro: cuidado ao dizer isso e ter o encontro com algum gatuno registrado ao fundo da selfie de alguém. Segundo: mas quem disse que você conhece? A propina dispensa contato físico.

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5 – “Só tive relações institucionais com o acusado.” Bill Clinton tentou algo parecido e não deu certo.

6 – “Eu tive as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas.” Ah, sério? Uau, então realmente é impossível que tenha havido qualquer mutreta. TCMs, TCEs, TCU e tribunais eleitorais são infalíveis, como se sabe.

7 – “Não sou titular, só usufrutuário.” O erário também não vê a hora de ser usufrutuário de alguma coisa.

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