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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Janot recebe arco e flecha em cerimônia de despedida do cargo

Mandato do atual procurador-geral da República se encerra no domingo; homenagem faz referência à famosa frase 'enquanto houver bambu, lá vai flecha'

Por Da Redação
15 set 2017, 20h18

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, participou nesta sexta-feira de uma cerimônia de despedida do comando do Ministério Público Federal (MPF). No auditório interno da Procuradoria-Geral da República (PGR), Janot discursou para cerca de 400 pessoas, entre servidores e procuradores, e recebeu de presente da tribo Xokó, de Sergipe, um arco e flecha. O presente é uma referência à frase “enquanto houver bambu, lá vai flecha”, cunhada por ele em palestra no início de julho.

A expressão despertou a ira do mundo político. Janot pretendia dizer com a frase que não diminuiria o ritmo dos trabalhos da PGR e seguiria formulando denúncias antes do término de sua gestão. Só nas últimas duas semanas, ele apresentou uma nova acusação contra o presidente Michel Temer (PMDB) e aliados e acusou a cúpula do PT, incluindo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, de formar uma organização criminosa.

A frase de Janot fez a defesa de Temer entrar com um novo pedido de suspeição no Supremo Tribunal Federal (STF). Em sessão realizada antes da apresentação da nova denúncia, o advogado do presidente, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, afirmou que “flechadas” não são expressões cabíveis no discurso de um procurador-geral da República.

Por 9 votos a 0 – os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso não votaram -, o STF entendeu que a frase não representava “inimizade capital” do procurador-geral em relação ao presidente e, portanto, não o colocava em suspeição para prosseguir nas investigações.

Despedida

Na cerimônia na PGR, Janot prestou agradecimentos aos servidores do MPF. “Juntos vivemos e escrevemos um capítulo muito especial na história do país e do Ministério Público. A esperança ainda triunfa nesta casa. Valeu a pena para mim cada minuto de labuta e até de sofrimento”, disse o procurador-geral, cujo mandato se encerra no domingo. A cerimônia de posse de Raquel Dodge, a nova chefe da PGR, está marcada para segunda-feira.

O chefe de gabinete da PGR, procurador da República Eduardo Pellela, apresentou um balanço dos resultados obtidos pela equipe de Janot nos quatro anos de gestão. Foram produzidas 19.697 manifestações, incluindo 242 pedidos de instauração de inquérito, 66 denúncias, 13.014 manifestações e pareceres e 98 iniciais em cautelares, como pedidos de busca e apreensão, de interceptações telefônicas, de sequestro de bens e quebras de sigilo bancário. 

A maior parte dos processos movimentados refere-se a assuntos da área criminal e da Operação Lava Jato, responsáveis, respectivamente, por 34% e 18,7% do total enviado ao STF. Para o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, o trabalho da última gestão da PGR teve um caráter de transformação social. “Nós não pretendemos ser salvadores da pátria, apenas queremos dar sentido à palavra pátria”, afirmou.

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