“Eu trouxe o telefone celular para o Brasil”, diz Eduardo Cunha
Deputado cassado foi presidente da Telerj de 1991 a 1993; ele falou sobre o período na estatal audiência que teve com Moro nesta terça-feira
O juiz Sergio Moro aproveitou a audiência desta terça-feira com o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para revisitar a biografia do peemedebista. Perguntou ponto a ponto se estavam corretas as informações do seu currículo. A cada questionamento, Cunha respondia: “Está correto”. Quando chegou na hora de falar sobre o período em que comandou a estatal de telecomunicações do Rio, a Telerj, o peemedebista dedicou mais tempo ao assunto. Moro lhe indagou: “Foi bem sucedido na sua posição e um dos responsáveis pela introdução do celular no país”. Cunha completou: “Isso é uma característica da minha biografia. Eu, como presidente da Telerj, trouxe o telefone celular para o Brasil. Fui eu que fiz a instalação da telefonia celular no país”.
A presidência da Telerj, assumida em fevereiro de 1991, foi um marco na trajetória de Cunha — o momento em que ele entrou definitivamente na vida pública. Na época, filiado ao antigo PRN, ele conseguiu o cargo pela indicação do ex-tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor Paulo César Farias, mais conhecido como PC Farias. Dois anos depois, ele renunciaria ao posto após vir à tona o mega esquema de corrupção comandado por PC Farias. Cunha sempre negou as irregularidades e as vinculações do esquema com a estatal.