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PSDB: sair da base de apoio ao governo não limparia biografia

O abandono da coalizão não livraria os tucanos da associação com Temer e poderia ser considerada como um ato oportunista pelo eleitorado

Por Maílson da Nóbrega Atualizado em 30 jul 2020, 20h47 - Publicado em 21 ago 2017, 08h19

O PSDB não sabe se fica ou se sai da base do governo. A ala favorável à saída parece imaginar que a decisão livraria o partido de ser contaminado pela impopularidade de Michel Temer nas próximas eleições presidenciais. O grupo em favor da permanência quer manter os seus postos ministeriais.

A ala que deseja sair teria orientado a propaganda divulgada em rede nacional na última quinta-feira. No programa, os tucanos disseram que o partido “errou” e que “é hora de pensar no país”. Na opinião de muitos analistas e membros do partido, a propaganda pode ter sido um tiro no pé. O PSDB pode ter fornecido um mote ao PT para as próximas eleições.

A saída do governo dificilmente melhoraria a imagem da sigla. Até as pedras sabem que os tucanos participaram da articulação liderada por Temer em prol do impeachment de Dilma Rousseff. Todos viram que, na sequência, o PSDB foi contemplado com quatro ministérios.

Seus atuais titulares são: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores). Bruno Araújo (Cidades), Luislinda Valois (Direitos Humanos). O ministro Aloysio Nunes substituiu no cargo José Serra, que renunciou ao cargo.

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Por tudo isso, a tentativa de livrar-se da associação com Temer e com a aceitação de cargos no governo é inútil. Os eleitores e seus adversários se lembrarão disso na próxima campanha eleitoral. Além disso, ao criticar o que chamou de “presidencialismo de cooptação”, frase sugerida por Fernando Henrique, o PSDB incomodou Temer, desnecessariamente.

Os partidários da saída dizem que o PSDB continuará apoiando as reformas, as quais, como se sabe, são impopulares. As reformas, importantes para o país, são rejeitadas por grande parte do eleitorado. Elas conterão as impressões digitais dos tucanos. Não há como esquecer.

O PSDB corre dois riscos se decidir abandonar a coalizão. Primeiro, poderia ser acusado de oportunista. Segundo, pegaria mal a decisão de abandonar o barco de cuja construção participou. O objetivo seria beneficiar-se politicamente da atitude.
Em resumo, o melhor para o PSDB é permanecer na base aliada, o que lhe poderia eventualmente assegurar uma aliança com o PMDB nas eleições presidenciais de 2018 e o apoio da sua sólida estrutura de diretórios na grande maioria dos municípios.

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