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Só envelhece bem quem viveu em plenitude durante a vida

Diante da certeza de que vai envelhecer, como você se sente? A maioria das pessoas parece não lidar bem com a ideia, uma realidade da qual é impossível escapar e que se faz presente a cada dia que passa. Como não há um remédio milagroso, o melhor é tentar compreender o processo de envelhecimento em […]

Por Ana Claudia Arantes
Atualizado em 30 jul 2020, 21h49 - Publicado em 18 set 2016, 13h00

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Diante da certeza de que vai envelhecer, como você se sente? A maioria das pessoas parece não lidar bem com a ideia, uma realidade da qual é impossível escapar e que se faz presente a cada dia que passa. Como não há um remédio milagroso, o melhor é tentar compreender o processo de envelhecimento em vez de escolher ser uma vítima do tempo.

No início do século passado, em 1900, seria uma felicidade se pudéssemos passar dos 40 anos. Hoje, nossa vida muitas vezes só encontra sentido exatamente a partir dos 40 anos, quando acreditamos que o melhor está por vir. O problema maior que nos ronda é que para chegarmos aos 80 anos ou mais precisamos envelhecer. O mérito (ou a responsabilidade) vai depender exclusivamente das nossas escolhas de comportamentos internos e externos realizados a cada dia, a cada momento da nossa vida. Se uma pessoa for vista apenas sob o ponto de vista físico, dificilmente vamos ter um envelhecimento de sucesso. Diante desse engano, vemos as pessoas sendo escravizadas por regras abusivas de dietas, medicamentos, vitaminas e suplementos, além da crueldade da ditadura da beleza física permanente. Assim não é possível chegar bem aos 40 anos, que dirá aos 80.

Os avanços da ciência e da medicina têm papel indiscutível sobre a melhora da nossa expectativa de vida. Mas existe o lado B de tudo isso: parece que as pessoas menos comprometidas com a saúde passaram a acreditar que temos fórmulas mágicas que podem resgatar todas as atitudes erradas frente às escolhas sobre os cuidados com nosso corpo. Existe uma falsa proposta de que tudo o que fizemos de errado pode ser resolvido por remédios de última geração, vitaminas e soros milagrosos, plásticas e tratamentos estéticos caros e de risco muito maior do que os benefícios oferecidos. Só envelhece bem quem viveu em plenitude cada dia de sua vida.

É preciso evitar a angústia ao estabelecer metas impossíveis de controle das emoções, treinamentos mentais exaustivos sobre afirmações positivistas, crenças e mitos sobre o uso abusivo e sem fundamento dos antidepressivos e remédios para ansiedade. Tais comportamentos levam as pessoas não ao conforto, mas, sim, a mais um sofrimento: a ditadura da felicidade ou da estabilidade emocional constante, uma escravidão permanente que priva as pessoas de simplesmente viver tudo o que a vida pode oferecer.

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Na maioria das nossas crises, temos condições emocionais de superação, mas não temos paciência para esperar o tempo de transformação. As pesquisas cada dia mais mostram que envelhecer de maneira socialmente ativa é muito favorável. Um estudo incrível feito na Universidade de Harvard mostrou que chegar ao fim da vida feliz depende quase que exclusivamente da qualidade das relações humanas que desenvolvemos ao longo de toda a vida. Espie no link a seguir e siga as dicas: vai ser muito bom para sua saúde, para o seu tempo de envelhecer, para sua vida. Até breve!

https://embed-ssl.ted.com/talks/robert_waldinger_what_makes_a_good_life_lessons_from_the_longest_study_on_happiness.html

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