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Por que essa tal glândula tireoide é tão importante?

A tireoide é essencial para o funcionamento dos órgãos, além de desempenhar uma função relevante no metabolismo, ao atuar na termogênese e no gasto calórico

Por Claudia Cozer Kalil
Atualizado em 17 mar 2017, 15h25 - Publicado em 17 mar 2017, 15h25

Os hormônios tireoidianos são fundamentais no funcionamento normal de todos os órgãos, coração, pulmão, trato digestivo, cérebro, etc, além de desempenhar uma função altamente relevante na regulação do metabolismo do organismo por atuar na termogênese e no gasto calórico. Essa pequena glândula, localizada na região anterior do pescoço, é o nosso gerador de energia e é fundamental para o equilíbrio do corpo, uma vez que ela modula nossa taxa metabólica, acelerando o gasto energético e controlando a produção endógena de calor.

Chamamos de taxa metabólica basal a quantidade mínima de energia que o organismo necessita para manter suas funções biológicas em repouso e jejum, por exemplo, para bater o coração, para respirarmos, para fazer a digestão e outras. Ou seja, as funções básicas do corpo são reguladas pelos hormônios da tireoide.

Para as crianças, esses hormônios são necessários para o crescimento e desenvolvimento, assim como para o aprendizado e o rendimento escolar. Algumas podem nascer com hipotireoidismo. Para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do Pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

As mulheres em idade fértil devem realizar essas dosagens hormonais antes de engravidar ou logo que diagnosticarem a gestação. O hormônio tem um papel importantíssimo na gravidez, não apenas favorecendo a fecundação, mas também ajudando a “segurar” o embrião no útero, evitando a prematuridade. No pós parto, a deficiência hormonal é uma das causas de depressão e deve sempre ser descartada.

As disfunções na produção glandular (hormônios T3 e T4) leva a transtornos importantes para o indivíduo. A redução dos níveis hormonais (chamado de hipotireoidismo) promove desde variações do peso corpóreo até sintomas como perda de memória, obstipação intestinal, desânimo, cansaço, retenção de líquido, dificuldade de engravidar, queda de cabelo, dores musculares e elevação dos níveis do colesterol. O indivíduo com hipotireoidismo tem uma tendência ao ganho ponderal, diminuição da termogênese e redução do gasto energético em até 50% – o chamado metabolismo lento.

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Em contrapartida, os indivíduos com hipertireoidismo (elevação dos hormônios T3 e T4) têm exatamente o inverso, perda de peso, apesar do apetite aumentado, diarreia ou aumento do trânsito intestinal, taquicardia, insônia, irritabilidade, ansiedade, alterações menstruais.

A primeira ideia que pode vir em mente lendo tudo isso é em usar esse hormônio para melhorar seu organismo, como uma vitamina para aumentar o vigor e a disposição! Parece uma solução fácil e simples para muitas de nossas queixas, não? Quem não se identificou nas descrições acima?

Infelizmente, muitos desses sintomas são comuns na vida moderna, também relacionados ao excesso de trabalho e estresse do dia a dia, e só a minoria dos casos em que esses sintomas estão presentes significam um mau funcionamento da tireoide. Além disso, o uso indiscriminado e sem indicação do hormônio pode causar danos muito graves, sendo os mais comuns: arritmias, osteoporose, alteração da pressão arterial e alterações no humor.

Sendo assim, a indicação do uso de hormônios da tireoide só deve ser feita quando os valores hormonais dosados estiverem fora do limite da normalidade. Não há indicação médica para prescrição de hormônio tireoidiano em pessoas normais com intuito de perda de peso, aceleração do metabolismo ou minimizar qualquer sintoma acima mencionado.

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(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

 

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