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Por que alguns meninos têm mamas grandes?

O aumento da glândula mamária em homens está associado ao crescimento de tecido mamário e pode ter origem em diversas causas. Mas, há tratamento

Por Claudia Cozer
Atualizado em 14 jul 2017, 12h00 - Publicado em 14 jul 2017, 12h00

A ginecomastia é o aumento da glândula mamária em homens. Diferentemente do que muitos pensam, o problema não está relacionado ao excesso de gordura no local, mas ao crescimento de tecido mamário. No que concerne aos sintomas, eles se caracterizam pelo aumento, unilateral ou bilateral, da glândula mamária, bem como pela maior sensibilidade e dor na região.

Em grande parte dos casos, o assunto é tratado como tabu, de forma que é pouco discutido no ambiente familiar. A fim de que seja possível a melhora clínica do paciente, essa questão deve ser tratada de forma direta e efetiva.

Causas

O crescimento mamário pode ter diversas causas, como tendência familiar, efeitos colaterais advindos do uso medicamentoso, patologias endocrinológicas, por exemplo a hiperprolactinemia e hipertireoidismo, assim como alguns tumores (os mais comuns de testículo, pulmão, estômago, adrenal e rins).

Outra causa muito frequente é a obesidade abdominal, porque a gordura produz enzimas dotadas da propriedade de converter certos precursores da testosterona em estrógenos. O indivíduo obeso que já tem suas limitações físicas e metabólicas pelo excesso de peso, passa a somar uma piora na qualidade de vida pela presença desse aumento glandular.

Incidência

A ginecomastia pode ocorrer em qualquer idade, sendo especialmente comum durante a puberdade masculina. Com uma incidência de 60% dos jovens, esse quadro tem seu início por volta dos 13-14 anos. A ocorrência também é frequente no período da andropausa, chegando a atingir 1/3 dos homens.

Causas mais frequentes em cada fase

A causa mais comum, em adolescentes, consiste em um desbalanço hormonal entre as concentrações de estrógenos (hormônios femininos) e andrógenos (hormônios masculinos) durante a fase de maturação dos testículos, uma vez que esses ainda não estão com a produção hormonal adequada. Ressalte-se que a produção dos estrógenos, no sexo masculino, é realizada pela glândula adrenal ou pela gordura abdominal em excesso.

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Já a ginecomastia, em adultos, se deve, frequentemente, ao uso de medicamentos como antiulcerosos (cimetidina), diuréticos (espironolactona), drogas cardiovasculares (amiodarona, digoxina, captopril), anabolizantes, maconha e álcool. Esses medicamentos propiciam a estimulação do crescimento da glândula mamária, seja pela diminuição na produção de andrógenos, pela inibição da ação androgênica ou pela ação nos receptores do estrôgenio mamário. Nesses casos, a simples suspensão da medicação muitas vezes é suficiente para a regressão do quadro.

Diagnóstico e tratamento

A orientação médica se torna fundamental para excluir causas secundárias e iniciar o tratamento. Ginecomastias com menos de 12 meses tem maiores chances de resposta ao tratamento clínico com antiestrogenos ou até de regressão espontânea, a qual pode ocorrer no período de um ou dois anos.

Na hipótese de o quadro estar instalado há mais de um ano, as chances de regressão são bem menores, por conta da fibrose. Assim, o indicado é a correção cirúrgica, que consiste na remoção de parte dos tecidos glandular e gorduroso ao redor do mamilo ou pela lipoaspiração. Esse é um procedimento considerado corretivo e não estético.

Questão psicológica

É sabido que o aumento da mama pode acarretar inibição e vergonha, além de alguns problemas de ordem psicológica. Por essa razão, é importante que os pais fiquem atentos às queixas de seus filhos. Caso os jovens relatem o problema e afirmem que lhes é incômodo, deve-se procurar orientação médica, visto que a ginecomastia é uma patologia com bom prognóstico e evolução.

 

Claudia Cozer Kalil
(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

 

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