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O impacto da alimentação no câncer de mama

Estudos mostraram que uma alimentação rica em fibras, com alto consumo de legumes e frutas, principalmente na adolescência reduz o risco de câncer de mama

Por Antonio Frasson
5 jul 2017, 16h57

 

Tem se observado um crescente interesse em pesquisas que avaliam os padrões alimentares dos adolescentes e dos adultos jovens versus o risco de câncer de mama. Os tipos de alimentos consumidos, sua frequência e a sua proporção na dieta têm sido analisados em diversos países.

Consumo de fibras é benéfico

Nos Estados Unidos, um grande estudo populacional envolvendo mais de 95.000 mulheres concluiu que o consumo de uma boa quantidade de fibras dietéticas (frutas, vegetais e grãos integrais) está associado a um risco significativamente inferior de câncer de mama: 13% menor por 10 g/dia de aumento de fibra durante o início da idade adulta e 14% de redução de risco por 10 g/dia de incremento de fibra durante a adolescência.

Outros estudos estimaram uma redução mais modesta do risco: – 5% para cada 10 g/dia de incremento na ingestão de fibras, mas ainda sim significativo.

A importância da adolescência

Estudos anteriores quase não foram significativos, mas vale ressaltar que nenhum deles examinou a dieta durante a adolescência, período em que os fatores de risco para o desenvolvimento da neoplasia parecem ser particularmente importantes uma vez que o tecido mamário apresenta maior taxa de proliferação.

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De uma forma relevante, estes estudos, acrescentam aos poucos, fatores de risco potencialmente modificáveis para a diminuição das chances de se ter o diagnóstico de neoplasia mamária.

Padrão “prudente” é o mais indicado

Outro estudo avaliou os padrões alimentares dos adolescentes e a incidência de câncer de mama na pré-menopausa. Três principais padrões alimentares foram identificados: o padrão “prudente” foi caracterizado pela alta ingestão de legumes, frutas, peixes e aves; o padrão “ocidental” foi caracterizado por ingestão regular de grãos refinados, carnes vermelhas e processadas e o padrão de “fast food” foi caracterizado por ingestão farta de pizza, batatas fritas, doces e refrigerantes.

Em conclusão, não foi observada uma associação entre os padrões alimentares “ocidentais” ou de “fast food” e o risco de neoplasia na pré-menopausa. Entretanto, observou-se um benefício significativo entre o padrão dietético “prudente” e o menor risco de se desenvolver a doença. Os benefícios de um padrão alimentar mais saudável durante a adolescência pareciam se estender às mulheres mesmo após a menopausa.

Há a necessidade de novos estudos sobre a dieta e o risco de câncer de mama nesta faixa etária, pois este pode ser um período crítico para a redução dessa grande fonte de morbidade e mortalidade. Na prática, o que observamos é que a incidência de câncer de mama está aumentando em todas as idades, inclusive nas mulheres jovens, e a mudança comportamental alimentar, com alimentos de menor qualidade nutricional, parecem influenciar este risco.

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