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Como seus genes poderão ajudar a neurologia

Alzheimer, Parkinson, derrame, dor de cabeça: como a farmacogenômica pode ajudar a prever o sucesso de um tratamento e antever possíveis complicações

Por Arthur Cukiert
26 jan 2017, 12h21

A farmacogenômica é um ramo em rápida expansão na medicina; em especial naquelas situações que necessitam de tratamento específico ou de longo prazo. Nossos genes podem ser mapeados e relacionados ou não a certas doenças e tratamentos. Muitas vezes o tratamento de condições como Parkinson, Alzheimer, depressão, derrames, dor de cabeça ou epilepsia baseia-se em tentativa e erro: tenta-se uma medicação após a outra, até que seja encontrada uma adequada para aquele indivíduo.

A farmacogenômica promete transformar a maneira como medicamos nossos pacientes, ao prever o resultado do tratamento e antever possíveis complicações (prever a ocorrência de uma doença é um outro assunto). Os genes deverão indicar qual das medicações provavelmente beneficiará mais aquele indivíduo: noutras palavras, permite uma prescrição personalizada. A quantidade de informação farmacogenética vem aumentando exponencialmente nos últimos anos, e podemos esperar que diretrizes de tratamento baseadas nessas informações sejam implementadas no futuro próximo.

Algumas ações práticas já existem. Por exemplo: indivíduos do Sudeste Asiático ou seus descendentes apresentam risco muito maior de desenvolver efeitos colaterais gravíssimos ao utilizar a carbamazepina (uma medicação utilizada para tratar a epilepsia) caso possuam um determinado gene. Assim, sempre que pensarmos em utilizar a carmabazepina em um indivíduo do Sudeste Asiático, tal gene deve ser pesquisado antes. Pacientes que façam uso de valproato (para epilepsia, dor de cabeça, distúrbios de humor) possuem risco aumentado de complicações graves quando portadores de certas deficiências no ciclo da ureia e seus genes.

Uma grande atenção tem sido dada aos genes que levam a uma maior ou menor metabolização dos diferentes medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças neurológicas e psiquiátricas. Aqueles indivíduos que possuem genes ligados a um metabolismo mais rápido das medicações têm maior probabilidade de responder mal ao tratamento.

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No momento temos muita dificuldade em valorar os resultados obtidos com nosso mapeamento genético. Mas esse procedimento vai tornar-se corriqueiro nos próximos anos, e certamente vamos obter informações capazes de beneficiar nossos pacientes.

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(Felipe Cotrim/VEJA.com)

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