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Por Marcelo Marthe
Ideias práticas e reflexões culturais sobre jardinagem, paisagismo e botânica
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É cacto ou fraude? Evite a pegadinha botânica

Plantas espinhentas são todas iguais aos olhos dos desavisados. Saber distingui-las é um barato - e também uma forma de evitar incidentes desagradáveis

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 Maio 2017, 18h01

Responda rápido: uma planta espinhenta e de aspecto agressivo como a da foto acima só pode ser um cacto, certo?

Assim reza o senso comum, mas é bom você rever seus conceitos: nem toda planta espinhenta e de aspecto agressivo como a da foto acima é necessariamente um cacto.

Mandacaru: cacto de verdade (//iStock)

Eis uma das mais fascinantes pegadinhas que desafiam botânicos e jardineiros de primeira viagem. A família das cactáceas, à qual pertencem obviamente os cactos, tem uma dublê com a mesma carinha dela, mas absolutamente distinta: trata-se das eufórbias, plantas da família das euphorbiaceas.

“E qual o problema disso, se todas são tão parecidas?”, perguntará o cético entediado com post tão frugal quando o Brasil atravessa tempos tão espinhudos. Mas existem utilidades práticas em saber distingui-las. Embora de aparência pouca amistosa, os cactos em geral não são nocivos ao ser humano e aos bichos de estimação. Alguns deles são até comestíveis. Os frutos da pitaya e do figo-da-Índia são deliciosos. As folhas da ora-pro-nobis são um ingrediente clássico da culinária mineira (vão bem que é uma beleza com um franguinho ou uma costelinha de porco feita na panela de ferro). O exemplo mais eloquente, contudo, é o mandacaru, cujas bagas acodem o gado e até gente faminta nas secas bravas do Nordeste. No México, é obrigatório provar a refrescante salada de nopal, uma palma espinhosa  cortada em tirinhas e temperada com limão e – claro – muita pimenta. Todas essas plantas são cactos acima de qualquer suspeita.

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Flor do mandacaru (Vinícius Doido/Divulgação)

Já as eufórbias revelam-se igualmente valorosas para embelezar os jardins, mas apresentam uma característica traiçoeira: elas exsudam leite com grau de toxicidade que varia do risco de queimadura leve na pele ao envenenamento grave, se ingerido em certas doses proibitivas. Na dúvida, deve-se evitá-las em locais de passagem ou dentro de apartamentos com crianças e bichos. E é preciso levar em conta outro inconveniente: por causa do leite, sua poda pode resultar em contratempos desagradáveis. Pode-se manter um cacto como cerca-viva topiada, mas nada a ver usar uma eufórbia para esse fim.

Pronto para o desafio? Vamos lá:

# A planta solta leite quando folhas e caules são cortados? É eufórbia!

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# Produz no máximo uma seiva espessa, mas nunca leite, ao ser podada? É cacto?

# Possui apenas espinhos, sem nenhum sinal de folhas? É cacto!

Euphorbia trigona – as folhas entregam a fraude (Ezequiel Coelho/Divulgação)

# Em meio aos espinhos, há folhas discretas e minúsculas, principalmente na ponta dos ramos? É eufórbia!

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A propósito: a imagem principal deste post é uma fraude.

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