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Por Marcelo Marthe
Ideias práticas e reflexões culturais sobre jardinagem, paisagismo e botânica
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Dica do jardineiro: cinco flores para animar seu outono

Begônia asa-de-dragão, vinca arbustiva, camarão amarelo, gengibre azul e justicia vermelha são coringas que garantem o colorido de seu jardim neste outono

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 abr 2017, 13h25

Com esse seu indeciso alternar entre dias cinzentos e de luminosidade espetacular, o começo de outono é uma fase de transição climática que afeta todo o jardim. Algumas árvores já dão sinais da chegada do estresse, mas ainda não perderam folhas. As flores anuais de verão aos poucos vão ficando sem força e dá pena de vê-las fenecer. Arbustos e forrações que até poucas semanas atrás estavam em floração total vão encerrando, por fim, seu momento de glória. Enquanto as flores que apreciam a chegada do frio não chegam, o jeito então é se conformar com a ausência de cores? Nada disso: eis aqui um apanhado de cinco plantas que florescem bem nessa virada climática e revelam-se valiosos coringas. Do amarelo ao vermelho, das trepadeiras às plantas de porte pequeno, há opções para todos os cantos – inclusive aquele vaso estratégico no seu apê:

 

 

Begônia asa-de-dragão (Begonia X hybrida ‘Dragon Wing’)
Begônia asa-de-dragão (Begonia X hybrida ‘Dragon Wing’) (Reprodução/VEJA.com)

 

BEGÔNIA ASA-DE-DRAGÃO

(Begonia X hybrida ‘Dragon Wing’)

Local adequado: jardineiras, vasos, canteiros e bordaduras de árvores

Manhas: Essa joia de folhas exóticas e cachos de flores fúcsia gosta de solo muito bem estercado. Embora tolere o sol direto, vai requerer regas constantes para dar conta dos contrastes radicais de temperatura e umidade dessa ápoca do ano. Se houver vento demais, é bom protegê-la, pois os ramos são frágeis. Na forma típica, a poda após o florescimento torna as plantas perenes (ou seja, elas continuarão vivas). Mas as variedades hortícolas mais vistosas são feitas para serem descartadas mesmo após florescerem. Plante muitas mudas juntas, de preferência em uma jardineira bem visível na varanda ou num corredor de bastante circulação. É um sucesso.

 

Kopsia fruticosa
Vinca arbustiva (Kopsia fruticosa) (Reprodução/VEJA.com)

VINCA ARBUSTIVA

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(Kopsia fruticosa)

Local adequado: pergolados pequenos, pontos isolados de gramados e vasos grandes

Manhas: É uma espécie asiática escandente – o que significa, grosso modo, que seus longos ramos crescem de forma desengonçada e precisam ser guiados. Mas isso não é defeito, e sim um potencial magnífico: a planta de flores rosa furtacor pode ser conduzida como uma trepadeira delicada ou convertida em um arbusto arredondado, mediante podas esporádicas. Tem a vantagem de florescer não só agora, mas em vários momentos do ano. Em um vaso grande em local bem iluminado, pode proporcionar o efeito de moldura florida até em sacadas

 

Camarão amarelo (Pachystachys lutea)
Camarão amarelo (Pachystachys lutea) (iStock/Getty Images)

CAMARÃO AMARELO

(Pachystachys lutea)

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Local adequado: canteiros, bordaduras de muros, vasos e jardineiras

Manhas: É muito rústica e quase tão conhecida quanto sua irmã mais comum, o camarão cor de tijolo. Seu efeito no jardim, contudo, revela-se precioso: suas inflorescências em forma de espiga amarela, com detalhes brancos, são muito vistosas e duráveis. Gosta de sol ou meia-sombra, de uma terrinha rica em matéria orgânica e irrigada com regularidade – mas nunca encharcada. Isolada, pode conferir um detalhe colorido sutil ao conjunto de um canteiro. Mas, se cultivada em maciços com muitas plantas, vira uma atração por si mesma. Como todas as espécies da família das acantáceas, a poda anual ou a cada dois anos melhora o aspecto da planta e turbina sua floração.

 

Dichorisandra thyrsiflora
Gengibre azul (Dichorisandra thyrsiflora) (Reprodução/VEJA.com)

GENGIBRE AZUL

(Dichorisandra thyrsiflora)

Local adequado: maciços no meio do jardim, bordaduras e canteiros sob árvores

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Manhas: É uma planta reptante – ou seja, cujos ramos têm a tendência de se dobrar rente ao chão. Pertencente à família dos gengibres,  é nativa de brejos e beiras de mata do Brasil. Quando cultivada em jardins, especialmente em blocos com vários exemplares juntos, revela-se uma maravilha. O gengibre azul tem folhagem delicada e flores de um anil hipnotizante. Gosta de solos bem estercados, com boa umidade disponível. Imagine aquela do jardim em que a copa de uma árvore faz transição com a área de sol pleno, pegando bastante luz de manhã e uma sombrinha agradável nas horas mais quentes: é ali o lugar dela.

 

Megaskepasma erythrochlamys
Justicia vermelha (Megaskepasma erythrochlamys) (Reprodução/VEJA.com)

JUSTICIA VERMELHA

(Megaskepasma erythrochlamys)

Local adequado: próximo de muros e áreas amplas

Manhas: Como toda planta da família das acantáceas (a mesma do camarão citado acima), esse arbustão nativo da América Central oferece um pacote completo: a folhagem é pura luxúria tropical, a floração com muitas espigas gigantes de vários tons de púrpura causa um impacto fenomenal – e os beija-flores se esbaldam. Vai bem tanto no sol direto quanto na meia-sombra – desde que o solo seja razoavelmente fértil e não seja submetido a secas muito severas. Mas atenção: a justicia vermelha é uma planta de grande porte, com até 5 metros de altura. Mesmo que seja podada com frequência, tende a se expandir para cima e para os lados, avante. Por isso, funciona bem perto de muros ou em meio a grandes gramados e jardins. Nunca na varanda de um apartamento, infelizmente.

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