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Por Coluna
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Três maratonas para atletas dedicados

“Peaky Blinders”, “A Ponte” e “The Young Pope”: para quem gosta de investir energia na programação de séries

Por Isabela Boscov Atualizado em 15 nov 2017, 18h40 - Publicado em 15 nov 2017, 18h36

Peaky Blinders

Peaky Blinders
Cillian Murphy e Tom Hardy em “Peaky Blinders” (EWD/Divulgação)

Tommy Shelby (Cillian Murphy) voltou da I Guerra Mundial com raiva. Aliás, com mais raiva: em Birmingham, os irmãos Shelby são desde a infância conhecidos (e também temidos e desprezados) pelo pavio curto, pelos métodos violentos e pela arruaça. Tommy, porém, está decidido a subir na vida; quer, a qualquer custo, dominar o submundo das apostas na cidade. Mas, desde o momento em que ele aparece montado num cavalo nas vielas cobertas de fuligem da cidade, com Nick Cave cantando Red Right Hand naquela voz cavernosa, fica claro: Peaky Blinders não é uma visita de rotina ao universo dos gângsters. Com Cillian Murphy no seu mais ameaçador, uma trilha sonora matadora, um cenário diferente do habitual e excitante e cortes de cabelo de matar um hipster de inveja (raspado dos lados, uma incrível variedade de topetes em cima), a série criada pelo inglês Steven Knight (roteirista de filmes ótimos como Jornada pela Esperança e Senhores do Crime) já começa com sensação de sangue novo. Prossegue com surtos de violência e de intimidação acachapantes, e pega fogo quando entra em cena uma jovem agente undercover – Annabelle Wallis, de magnífico nariz romano. Tom Hardy, amigo de Cillian Murphy desde que fizeram juntos A Origem, tem um papel secundário mas assustador, como um judeu ortodoxo de Londres enfiado em sujeira até o pescoço.

Onde: na Netflix, três temporadas de seis episódios cada

Vai ter mais? Sim. A quarta temporada está começando hoje (15 de novembro) nos Estados Unidos, e a quinta já está encomendada


A Ponte

A Ponte
Kim Bodnia e Sofia Helin em “A Ponte” (Filmlance/Divulgação)

A eletricidade cai por menos de um minuto e, quando ela volta, um corpo é encontrado na ponte que liga Malmö, na Suécia, a Copenhague, na Dinamarca, exatamente no ponto que corresponde à fronteira – o torso na Dinamarca, as pernas na Suécia. Assim que a perícia faz um primeiro exame, constata-se o mais bizarro de tudo: são duas metades de dois corpos, e a metade inferior esteve congelada por muito tempo. As polícias dos dois países terão que colaborar na investigação. Serão representadas, no caso, pela sueca Saga Noren (Sofia Helin), que é ultra-competente mas tem um certo grau de autismo, e pelo dinamarquês Martin Rohde (Kim Bodnia), menos rigoroso mas mais empático e intuitivo. A premissa é tão boa que já rendeu versões na fronteira Estados Unidos-México e no Eurotúnel, entre França e Inglaterra. Nenhuma delas se compara a este original, que contrasta momentos inesperados de humor ao círculo de angústia que a investigação vai alargando – e que, além, do ótimo Kim Bodnia, tem em Sofia Helin uma das mais maravilhosas protagonistas femininas já encontradas para uma série, capaz de revelar, sob o exterior brusco e áspero da detetive Saga, um íntimo tenro, terno e profundamente ligado à vulnerabilidade das vítimas. Na terceira temporada, entra em cena outro personagem sensacional, o do detetetive dinamarquês Henrik (Thure Lindhardt).

Onde: no NOW, três temporadas de dez episódios cada

Vai ter mais? Sim, a quarta temporada estreia em 2018


The Young Pope

The Young Pope
Jude Law em “The Young Pope” (Fremantle/Divulgação)

Os dedos de uma mão bastam para contar quantas séries, até hoje, me enredaram, confundiram e maravilharam tanto quanto esta criação magistral do italiano Paolo Sorrentino, ganhador do Oscar por A Grande Beleza. Primeiro, porque Sorrentino sabe filmar diabolicamente bem, e a Roma dele, sempre entre o real e o indefinivelmente imaginado, é uma viagem. Segundo porque, sem brincadeira, esta talvez seja a interpretação da vida de Jude Law: como o papa americano que despreza a Igreja que conduz, tem uma visão às vezes medieval da religião e vive um relacionamento de infinitas complicações com a própria espiritualidade, Law arrebata e hipnotiza. E nem sequer está sozinho: Silvio Orlando está inesquecível no papel do ardiloso, hiperpolítico mas afinal comovente cardeal Voiello, que tenta dar ao novo papado alguma feição que os fiéis cada vez mais escassos possam reconhecer. Quer mais? Diane Keaton, um estouro como a freira que criou o papa órfão e o moldou a ferro e fogo para o seu grande destino.

Onde: no NOW, uma temporada de dez episódios

Vai ter mais? Sim, haverá uma nova temporada talvez em 2019, mas talvez tudo seja diferente

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