Gaguim e o bilhão
Deputado federal já foi acusado de integrar esquema de desvio de 1 bilhão de reais quando governou o estado do Tocantins
Alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, Carlos Henrique Gaguim, deputado federal hoje filiado ao Podemos — a nova roupagem do nanico PTN –, já foi frequentador das páginas policiais do noticiário. Há quase dez anos, ele ganhou um mandato tampão de governador do Tocantins por causa da cassação do mandato de Marcelo Miranda — até tentou a reeleição, mas perdeu nas urnas para Siqueira Campos. Na época, investigações da Polícia Federal e do Ministério Público apontaram indícios de que ele e seu amigo, o lobista Mauricio Manduca, montaram um esquema para desviar 1 bilhão de reais dos cofres públicos. As transcrições de escutas telefônicas da Polícia Federal foram publicadas por VEJA em setembro de 2010 — edição que Gaguim tentou impedir de circular. Vale a pena relembrar o caso (clique aqui). Em 2013, a Justiça Eleitoral decidiu que o caso era improcedente. Candidato à reeleição em 2010, Gaguim ainda cometeu, talvez, um “sincericídio” durante evento de campanha com evangélicos, após distribuir bicicletas com as cores de sua chapa eleitoral. Disse ele: “Sei o pecado que estou cometendo. Sou um desviado. Se o mundo acabasse hoje, eu iria para o inferno”.