Com os servidores em greve desde março, a reitoria da Universidade de Brasília (UnB) determinou na quarta-feira a reabertura do protocolo da instituição para que os universitários prestes a vão concluir seus cursos não fiquem sem diploma. Até quarta, apenas os diplomas de casos considerados urgentes pelos grevistas estavam sendo emitidos.
Para ajudar na tarefa de emissão de diplomas, Wellington Almeida, chefe de gabinete da reitoria, montou um mutirão entre os funcionários para garantir que os 2.000 formandos deste semestre não fiquem sem os documentos. Em outubro já está marcada a primeira colação de grau da graduação, cerimônia em que os diplomas serão entregues.
Até a quarta-feira, o Comando de Greve do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (Sintfub) havia decidido só emitir os diplomas dos estudantes estrangeiros conveniados que necessitem voltar ao seu país de origem, aqueles com prazo para bolsas de pesquisa ou, ainda, os alunos prestes a tomar posse em concurso público. Para os grevistas, essas situações são consideradas urgentes e devem ser atendidas.
De acordo com a universidade, parte dos funcionários responsáveis por receber solicitações de emissão de diplomas está trabalhando e ganharão reforços nos próximos dias. Outra áreas administrativas da UnB também passarão a atender o público ainda esta semana.
Greve – Os servidores da instituição brasiliense brigam na justiça pelo pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP), mecanismo criado para corrigir salários durante os períodos de inflação e que foi incorporado aos salários de técnicos e professores da universidade. No início do ano, a pedido da Advocacia Geral da União, a parcela deixou de ser paga. Agora, os funcionários esperam uma decisão do Supremo Tribunal Federal para voltar a trabalhar.
Com quase cinco meses de duração, essa é a greve mais longa da história da UnB.
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