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Queima de arquivo: Petrobras destrói gravações que poderiam implicar Dilma no escândalo de Pasadena

Perguntei de manhã: “Como não desconfiar que a Petrobras esconde o material para proteger Dilma Rousseff? Será que ele existe ainda?” Eu me referia às gravações de reuniões do conselho de administração da estatal desde 2005 — quando Dilma era presidente do órgão. Especialmente àquela sobre a compra de Pasadena. No comando do conselho, em 2006, Dilma […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 01h30 - Publicado em 30 abr 2015, 17h03
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Pasadena: transparência zero

Perguntei de manhã:

“Como não desconfiar que a Petrobras esconde o material para proteger Dilma Rousseff? Será que ele existe ainda?”

Eu me referia às gravações de reuniões do conselho de administração da estatal desde 2005 — quando Dilma era presidente do órgão. Especialmente àquela sobre a compra de Pasadena.

No comando do conselho, em 2006, Dilma aprovou a primeira etapa da aquisição da refinaria, negócio que causou prejuízo de US$ 792 milhões, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).

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Como essa gente não cansa de corresponder às nossas piores expectativas, a nova manchete do Estadão não surpreende:

Petrobrás destrói gravações do Conselho de Administração“.

Depois de enrolar durante meses, a estatal afirmou: “Após as respectivas atas serem aprovadas e assinadas por todos os membros das respectivas reuniões, as gravações são eliminadas”.

Alegou, também, que a eliminação está prevista no Regimento Interno.

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E é aí que vem a parte tragicômica da matéria:

“Mas, questionada pelo Estado, a Gerência de Imprensa não apresentou o documento. A reportagem também o solicitou à secretaria responsável por auxiliar o Conselho de Administração. O órgão informou que a norma é sigilosa.”

Aham.

“Ao TCU, a estatal explicou que elimina os registros, mas não entregou à corte o normativo que, em tese, autoriza a prática.”

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Que surpresa…

“A corte quer saber em que condições os arquivos são apagados e desde quando.”

É o mínimo, não?

“Dois conselheiros de administração informaram ao Estado que a estatal ‘tradicionalmente’ destrói as gravações.”

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De fato, queima de arquivo é tradição no PT. Mas não vou falar de Celso Daniel agora.

“O procedimento só cessou após a Operação Lava Jato, deflagrada em março do ano passado, como forma de ‘manter’ informações e evitar problemas com os investigadores.”

Claro. Transparência, só para o período pós-falcatruas.

“’As atas das reuniões são um registro precário. Certamente, um áudio permite visão bem mais completa do que ocorre (nos encontros)’, disse, reservadamente, um dos conselheiros.”

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Sem dúvida. Mas o Estado brasileiro aparelhado pelo PT não gosta de deixar rastros.

“Eletrobras e Caixa explicaram que os encontros de seus conselheiros de administração são registrados somente em atas. O Banco do Brasil informou que a gravação não é praxe e só ocorre quando as discussões são mais complexas, para facilitar a elaboração das atas. Nesses casos, depois da produção dos documentos, as gravações são apagadas, informou a assessoria.”

O maior programa de governo do PT é o Transparência Zero.

Posso imaginar a corrida, neste momento, para fabricar o documento do Regimento Interno, quem sabe com uma data de 1500, à chegada de Cabral.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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