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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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O atraso da velha imprensa e o presídio mental

Blog comenta cobertura sobre população carcerária e política americana

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 21h04 - Publicado em 10 jan 2017, 11h40

I. O atraso

– Tudo que revelei de população carcerária em 2014/15 e expliquei em prosa e vídeo na última semana agora é resumido por promotores no Estadão.

– Foi assim no sábado (7) com o artigo do promotor Luciano Gomes de Queiroz Coutinho, “Prender ou não prender? Eis a questão“. Foi assim na segunda-feira (9) com o artigo do promotor César Dario Mariano da Silva, “O sangue a correr será agora dos inocentes“. Comparem e verão.

– No Brasil, a verdade exposta por críticos da esquerda só chega a mídia impressa e TV na voz de diplomados da área (ou de algum ombudsman), depois que os resultados práticos já aconteceram.

– O culto brasileiro a títulos e diplomas, ironizado por Lima Barreto há um século, é também o abandono do exercício da inteligência na verificação de fatos.

– Com sorte, em 2 ou 20 anos talvez você veja no Estadão, na Folha, no Globo ou na Globonews que Donald Trump, segundo algum doutor, nunca ridicularizou a deficiência do repórter Serge Kovaleski.

A propósito 1

– Até o esquerdista Piers Morgan, famoso por ter tomado uma surra intelectual de Ben Shapiro em debate sobre desarmamento (vídeo legendado aqui), detonou no Daily Mail o discurso hipócrita de Meryl Streep no Globo de Ouro e reconheceu que Trump não zombou de deficiência alguma.

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– Com esquerdistas reconhecendo tal coisa, é possível que a informação saia nos jornais brasileiros em menos de 20 anos.

– Traduzo o trecho final do artigo, publicado pouco depois do meu:

(…) Meryl Streep “também enfureceu dezenas de milhões de americanos que votaram a favor e gostam de Donald Trump, para não mencionar aqueles que amam futebol americano e MMA.

E ela simplesmente reconfirmou para eles o que Mark Wahlberg disse há algumas semanas quando pediu aos atores que não falassem de política:

‘Muitos de Hollywood estão vivendo em uma bolha. Eles estão bastante sem contato com o cidadão comum lá fora, sustentando a sua família.’

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Bastante.

Meryl, eu ainda te amo muito, mas você teve a chance de unir seu país na noite passada e você estragou tudo.”

A propósito 2

– O pessoal da minha querida Prager University ironizou uma das frases de Meryl:

– Em português: “Meryl Streep: Sem Hollywood, tudo que a América teria é futebol e MMA”. “América: Parece ótimo!”

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A propósito 3

Em 21 de novembro de 2016, 12 dias após o resultado da eleição presidencial americana, Carlos Alberto Di Franco publicou também no Estadão o artigo “Trump – a autocrítica da mídia“, o máximo a que chegou um jornalista na mídia impressa no Brasil em matéria de avaliação do comportamento de torcida da imprensa.

Obviamente, isto incluiu um disclaimer introdutório (“Não tenho entusiasmo por Donald Trump. Assusta-me a exacerbação patológica do seu ego. Suas bravatas não preocupam tanto. São marqueteiras e oportunistas”) e excluiu qualquer citação a colunistas da internet, como o autor deste blog, que apontaram e denunciaram durante a campanha tudo que o texto expôs após o término.

II. O senso de responsabilidade individual

(Como publiquei no Facebook na segunda:)

Militantes de esquerda há décadas entendem que depende só deles espalhar as mentiras nas quais o povo vai acreditar.

Eles têm meios hollywoodianamente eficazes de fazê-lo – e fazem.

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Nos últimos anos, uma porcentagem ainda pequena de insatisfeitos começou a entender que não podia esperar pelo surgimento de grandes empresas, lideranças ou partidos que pudessem espalhar refutações e verdades de modo a impedir que o povo caia nas mentiras dos militantes.

Só esta simples percepção e suas iniciativas correspondentes já trouxeram consideráveis transformações no cenário político dos EUA, do Reino Unido e do Brasil.

É preciso, pois, que cada cidadão comum independente faça a sua parte para que surjam melhores formas, de maior alcance, para espalhar os fatos, e não o contrário.

Colunistas como eu, não alinhados com a esquerda ainda dominante nos centros disseminadores de ideia da sociedade brasileira, dependemos de que o nosso trabalho de desmascaramento seja divulgado e compartilhado por você aí, que, entre uma tarefa e outra, nos lê ou assiste e que gostaria que seus amigos, parentes e desconhecidos também o fizessem.

Eu troco todas as lamentações do tipo “pena que quem mais precisa não vai ler” por um clique no botão “compartilhar”. O nome disso, com frequência, é senso de responsabilidade individual.

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Obrigado a todos que já se tocaram.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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