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Defesas de Dilma e Lula são demolidas pelos fatos

Eles foram avisados de tudo, mas tramam versões para evitar impeachment ou cadeia

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 23h26 - Publicado em 27 fev 2016, 18h05

Dilma Lula montagem

Passando a limpo o que comentei de madrugada no Twitter:

1) Dilma Rousseff sabia de tudo.

VEJA revela que ela foi avisada não só por Delcídio do Amaral, mas também por Emílio Odebrecht, por meio de Fernando Pimentel, que a Lava Jato poderia descobrir pagamentos feitos pela empreiteira ao marqueteiro João Santana no exterior.

A anotação de Marcelo Odebrecht “Dizer do risco cta suíça chegar na caminha dela” confirma o que seu pai, Emílio, relatara a Pimentel.

Emílio exigiu de Dilma blindagem contra a prisão do filho Marcelo, ou revelaria o financiamento sujo à campanha presidencial da petista.

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Marcelo está preso desde junho de 2015 e nesta semana se encerra o prazo para suas alegações finais antes de Sérgio Moro prolatar uma sentença condenatória.

Como informa o Radar de VEJA: “Já não é monolítica no grupo que discute a defesa da Odebrecht a convicção de que Marcelo e os demais executivos presos não devem fazer delação premiada. O assunto foi discutido em reuniões ao longo da semana.”

É hora de revelar tudinho.

2) Lula e Odebrecht, no entanto, continuam tramando versões conjuntas ao menos para o caso do sítio de Atibaia.

Segundo a Folha, “representantes de Lula se reuniram recentemente com diretores da área jurídica da Odebrecht” e “queriam saber as explicações que a empreiteira daria na Justiça sobre a reforma no sítio frequentado pelo ex-presidente”.

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“Na reunião estava presente também representante do engenheiro Frederico Barbosa, da Odebrecht. Ele avisou que o profissional não pouparia mais a empresa, como já fizera anteriormente em entrevista à Folha.”

Ou seja: estragou a versão mentirosa de Lula e Odebrecht.

Num primeiro momento, relembro, quando uma fornecedora de materiais de construção confirmou que a empreiteira fizera a obra do sítio, a Odebrecht alegou, com a sonsice de sempre, que “não identificou relação da empresa com a obra”.

Depois, Frederico Barbosa admitiu à Folha ter feito a obra a mando da Odebrecht, que foi então obrigada a confirmar.

Este blog identifica relação de Lula com a cadeia.

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3) Ainda a Folha: “Uma das maiores preocupações da Odebrecht é poupar Alexandrino Alencar, ex-executivo da empreiteira que hoje cumpre prisão domiciliar. Ele era o elo mais estreito entre Lula e a empresa.”

Se a eventual delação de Marcelo já dá muita dor de cabeça a Lula, a de seu companheiro de viagens Alexandrino seria mesmo fatal.

4) Lula — que faaase! — foi ironizado até pelo advogado de José Carlos Bumlai depois que a defesa do ex-presidente no STF atribuiu ao “seu amigo pessoal” a oferta da reforma do sítio de Atibaia: “Só se Odebrecht for propriedade de Bumlai, o que não me consta”.

Consta, no entanto, que, se mentira tivesse propriedade, Lula mandaria uma empreiteira pagar os royalties.

5) Defesa de Lula informou ao STF, segundo a Folha, que Lula só soube da compra do sítio em 13 de janeiro de 2011, depois de deixar a Presidência.

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É mais um truque do homem que não sabia de nada.

Radar de VEJA lembra que:

— uma semana antes, em 6 de janeiro, o Estadão já dizia que a mudança de Lula de Brasília seria levada para seu sítio em Atibaia;

— a mudança — inclusive 37 caixas de bebida — seguiu, de fato, para o sítio, como mostrou reportagem de VEJA deste ano;

— a mudança — paga pela Presidência — foi entregue no dia 8 de janeiro.

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Como pode Lula só ter sabido da compra do sítio 3 dias depois de sua mudança pré-anunciada pela imprensa ter ido para lá?

A defesa lulista insulta cada vez mais a inteligência do povo brasileiro.

6) Como a palavra do ex-presidente não vale nada, o MPF agora exige provas de que Lula deu palestras.

Segundo O Globo, “empresas, bancos e entidades de classe que fizeram pagamentos à L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações estão sendo oficiadas a apresentar comprovantes dos pagamentos e da realização” de cada uma.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou pagamentos de R$ 27 milhões à empresa de Lula entre abril de 2011 e maio de 2015, como revelou VEJA em agosto passado, sendo que R$ 10 milhões teriam sido pagos por empresas investigadas na Operação Lava-Jato.

O MPF, como mostrei aqui, já havia apontado que Lula usou o contrato de palestras entre sua empresa L.I.L.S (iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva) e a Odebrecht para “dar aparência de legalidade” à própria remuneração por tráfico de influência.

Só como “pagamento pelo êxito” em destravar a Venezuela para a Odebrecht, por exemplo, Lula recebeu R$ 330 mil da empreiteira sob a forma de contrato de prestação de serviço.

Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, entregou relatórios de prestação de serviço copiados da Wikipédia para justificar o recebimento de R$ 2,4 milhões de um lobista no inquérito sobre a venda de medidas provisórias no governo do pai e da sucessora Dilma.

Melhor Lula correr para copiar umas palestras da Wikipédia também.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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