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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Como o PT quer garantir o poder com a Unasul, fachada do Foro de São Paulo, por meio de mais ‘exércitos’ e ‘eleitores’

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h28 - Publicado em 15 dez 2014, 16h07

UnasulÉ tão raro, ainda hoje, ver alguém no Globo falar do Foro de São Paulo e de seus desdobramentos que vale a pena citar o trecho final do artigo “Geleia geral brasileira”, do jornalista Ruy Fabiano, publicado no sábado (13) na coluna virtual de Ricardo Noblat.

Fabiano fala dos temas “discutidos há uma semana na Unasul, uma espécie de sucursal do Foro de São Paulo, com a diferença de que reúne chefes de Estado e pode tomar decisões”.

Diz ele: “Entre os mencionados na reunião de Bogotá, a que tiveram acesso apenas os países que integram o Foro, estão a liberação do espaço aéreo dos países do continente, o passaporte único para os sul-americanos (sem distinção de nacionalidade) e a cooperação militar, com vistas a uma unificação futura.

São temas de extrema delicadeza e gravidade, pois envolvem a soberania e a segurança nacionais. Não foram debatidos nem com a população, nem com os setores diretamente envolvidos – as Forças Armadas. Mesmo num ambiente de euforia econômica e união nacional, são questões problemáticas. Num país pelo avesso, podem ser explosivos.”

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Sim: deveriam mesmo ser. Que a Unasul é uma fachada do Foro, criada para estender um manto de legalidade aparente sobre a autoridade transnacional, supranacional, ante a qual as nações se curvam com obediência reverente e silenciosa, não resta a menor dúvida, como Olavo de Carvalho já denunciava em 2008. Agora as ações dos “companheiros” para a formação da “Pátria Grande” estão apenas mais patentes, até porque a queda de popularidade do PT e a revolta de boa parte da população com a roubalheira obrigam o partido a tomar providências maiores para garantir sua permanência no poder, nem que seja por um regime de força.

Basicamente, os petistas precisam de duas coisas: um ‘exército’ para chamar de seu; e mais eleitores. Por mais que aparelhe a Polícia Federal, o PT não tem total controle sobre ela, como a Operação Lava-Jato já mostrou, e menos ainda sobre as polícias estaduais e militares. Como os narcotraficantes não são tão obedientes quanto os militantes do MST, nem os militantes do MST tão treinados e poderosos quanto os traficantes, o partido busca a solução em duas frentes: em escala nacional, a da desmilitarização da PM; e em escala internacional, a integração continental que permita o uso de forças armadas estrangeiras contra a população “reacionária”.

Propagandeada pelo filme “Tropa de Elite 2″ e recomendada cinicamente pela Comissão da Mentira, a desmilitarização centraliza ainda mais o poder do Estado, como aconteceu na Venezuela de Chávez e Maduro, à medida que corta pela metade as Forças Armadas e submete as policiais não só a diretrizes federais, mas a instituições de formação federais, nas quais a militância poderá também inocular ideologia na cabeça dos novos agentes da lei. Já a integração alcança seu objetivo por meio da abertura do espaço aéreo e terrestre e da facilitação dos trâmites legais para as tropas militares e militantes das ditaduras amigas.

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Em decorrência disso, há também, depois do “Mais Médicos”, o vulgo “Mais Eleitores”, estratégia que o PT parece ter aprendido direitinho com o Partido Democrata americano, especialista em transformar imigrantes ilegais em seus eleitores legais, dependentes do Estado.

Vamos por partes:

1) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), 42.091 imigrantes já recebem o Bolsa Família no Brasil, afinal, segundo o Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/1980), “o estrangeiro residente no Brasil goza de todos os direitos reconhecidos aos brasileiros” – e o PT conseguiu transformar o Bolsa Família em um “direito”. Na semana passada, o prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, ainda fez um mutirão para o cadastro de estrangeiros no programa.

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2) Tramita no Congresso um projeto para abrir as urnas a estrangeiros que vivem no Brasil, sendo ou não naturalizados: é a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC 347/2013, assinada pelo deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, que dá direito a voto aos estrangeiros com situação regularizada que moram em território nacional há mais de quatro anos.

3) Junte o assistencialismo com o título de eleitor, acrescente as facilidades oferecidas pela Unasul, e um novo eleitorado do partido está pronto. Quem criticar qualquer uma dessas medidas será acusado de ódio aos pobres, preconceito e xenofobia, exatamente como no caso do “Mais Médicos” – afinal o PT só quer se perpetuar no poder para o bem do Brasil, como demonstra a taxa de 60 mil homicídios por ano, a maior do mundo em números absolutos. Como a da Venezuela é a segunda em termos relativos, só fica a pergunta:

Legalizaremos e financiaremos (ainda mais) assassinos venezuelanos também?

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PS: Minha estreia na TVeja teve imensa repercussão e ainda pode ser vista neste link (e compartilhada aqui). Obrigado a todos e sejam bem-vindos os que me conheceram agora.

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Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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