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Oposição faz campanha contra descriminalização do aborto

Saúde pública estuda que processos abortivos usar quando lei for sancionada

Por Da Redação
19 out 2012, 13h06

Parlamentares da oposição do Uruguai organizam uma campanha para tentar derrubar a lei que descriminaliza o aborto no país antes que o presidente, José Mujica, sancione-a, informou o jornal uruguaio El País. Mujica tem até o dia 27 deste mês para assinar a lei, e ele já anunciou que deverá aprová-la.

“Queremos que o Uruguai continue respeitando a vida. Uma parte da sociedade não vai aceitar a lei, e vamos trabalhar pelos mecanismos correspondentes para derrubá-la”, disse ao jornal o vereador Carlos Iafigliola, porta-voz da Comissão Nacional Pró-abolição da Lei do Aborto, formada logo após a aprovação da lei pelo Senado uruguaio, quarta-feira.

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Em declarações à agência de notícias ANSA, o deputado Pablo Abdala, do Partido Nacional do Uruguai, disse que este é um tema que “deve ser resolvido pela opinião pública através de um referendo”. Por isso, o também chamado Partido Blanco do Uruguai está recolhendo assinaturas para anular a lei. Se o referendo falhar, os oposicionistas cogitam recorrer à Corte Interamericana de Justiça.

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Para um referendo ser convocado, há um processo mais rápido, que permite a coleta de 12.000 assinaturas, desde que isso seja feito no mesmo ano em que a lei foi aprovada. Pesquisas recentes apontam que 52% dos uruguaios apoiam a descriminalização do aborto.

O projeto de lei autoriza a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação somente por iniciativa da mãe. Após o terceiro mês, a intervenção será permitida em casos de estupro, de má formação do feto ou quando a gestação oferece risco de vida à mãe.

Regulamentação – E, enquanto a oposição se organiza para derrubar a legalidade do aborto, autoridades sanitárias trabalham na regulamentação da lei. Segundo o Ministério de Saúde Pública, serão usadas duas formas para interromper a gravidez: uso de medicamentos e aspiração intrauterina.

Ainda não está definido se o procedimento será realizado nos centros de saúde do governo ou nas casas das pacientes. Outra questão em aberto é o preço do aborto – a lei diz que a interrupção da gravidez será considerada um ato médico sem valor comercial, mas, para a diretora do Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva do Uruguai, Leticia Rieppi, isso significa que o custo será transferido às usuárias. “Certamente a consulta médica será paga”, lembra.

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