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Por Betty Milan
Nós hoje tendemos a focalizar só os fatos. Com isso, perdemos de vista a vida que, sendo o nosso maior bem, é efêmera. Como a vida tanto depende da atualidade quanto dos sentimentos, vou andar na contramão e falar sobretudo deles
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Ao contrário do email, a carta é feita para ser relida

O email serve para comunicar. A gente lê, arquiva ou joga fora. A carta é feita para ser lida e relida. Sobretudo a carta de amor, que tanto permite arrebatar o destinatário quanto dar a segurança de que ele precisa. O email, a gente traga. A carta, a gente degusta. Cada uma das palavras do […]

Por Katia Perin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 22h03 - Publicado em 22 ago 2016, 10h39

carta

O email serve para comunicar. A gente lê, arquiva ou joga fora. A carta é feita para ser lida e relida. Sobretudo a carta de amor, que tanto permite arrebatar o destinatário quanto dar a segurança de que ele precisa.

O email, a gente traga. A carta, a gente degusta. Cada uma das palavras do texto é significativa e, portanto, essencial. Serve para dar vida ao amado quando ele está ausente ou quando já está morto. Permite suportar a viuvez.

As grandes amantes foram grandes missivistas. A maior delas talvez tenha sido Simone de Beauvoir. Ela manteve uma correspondência fervorosa com o escritor americano Nelson Algren, que conheceu nos Estados Unidos durante uma turnê de conferências. Iniciada em fevereiro de 1947, a série de cartas chega a novembro de 1964, quando a paixão inicial já havia se tornado uma terna amizade.

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nadinha

No pátio do Centro Georges Pompidou, há uma escultura chamada Adeus, de Henri Laurens. Vi, pela forma do corpo, que é uma mulher. Sua cabeça está tão imersa no peito que o rosto não é visível. Isso causa estranheza e faz logo entender que o adeus diz respeito à morte. Quem perde alguém morre com o seu morto, fica, por assim dizer sem rosto. Primeiro, deixa de ser quem era, para só depois voltar a existir.

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