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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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Quem serão os futuros professores?

Boletim IDados da Educação, publicação lançada nesta semana, destaca o perfil dos futuros professores e mostra dados que devem tirar o sono dos brasileiros.

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 22h53 - Publicado em 27 abr 2016, 17h42

O IDados acaba de publicar o Boletim da Educação N.3, que trata do perfil dos professores que vão ensinar nossos filhos e netos. O IDados é uma instituição especializada em transformar dados em inteligência, com o objetivo de qualificar o debate nacional sobre educação. O Boletim está disponível para download.

O que dizem os dados? Em poucas palavras:

  • O que já não era bom está piorando. Com a expansão de vagas no ensino superior, os alunos menos qualificados se concentram nos cursos de Pedagogia e Licenciaturas.
  • O nível de desempenho desses alunos na prova de conhecimentos gerais é muito baixo.

Por que esses dados devem tirar o sono dos brasileiros? Há pelo menos quatro razões para isso.

A primeira é que é muito difícil que esses alunos, com esse perfil, façam um bom curso superior – ainda que isso existisse. E, quando concluem, o nível de aprendizagem é baixa. Com isso ficam prejudicadas também as tentativas de “reciclagem” e formação em serviço.

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A segunda é que o nível de cultura geral de nossos futuros professores é muito baixo – mas eles são os responsáveis por transmitir às novas gerações a nossa herança cultural.

A terceira razão para perdermos o sono é que nisso também vamos na contramão do mundo: nos países da OCDE, o perfil dos candidatos a professor é próximo ao perfil médio dos candidatos a cursos superiores. E nos países de melhor desempenho, os futuros professores são recrutados entre os 5 a 30% melhores do ensino médio.

A quarta razão é simples: para ser bom professor é preciso ter sido bom aluno, de preferência um aluno muito bom, bem acima da média. Isso não tem conserto.

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O Boletim do IDados também sugere a necessidade de analisar a eficácia e eficiência dos mecanismos de bolsas de estudo: se o nível dos alunos na entrada e na saída não é o adequado; se a deserção é enorme; se, mesmo com a deserção, a quantidade de graduados é muito superior à demanda, cabe perguntar: o mecanismo de financiamento, além de ineficiente e com alto risco de inadimplência, não estaria gerando efeitos perversos?

Vale a pena conferir o Boletim e ver mais dados para embasar esse debate. O link para download é www.alfaebeto.org.br/boletim-idados-perfil-dos-futuros-professores/

(Na próxima semana retorno com o último texto da série de artigos sobre Educação Baseada em Evidências que venho publicando neste espaço)

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