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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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Podemos aprender a cooperar mais e a ser mais altruístas?

Cooperação e altruísmo são instintos que favorecem o bem-estar do grupo. A família e a escola podem contribuir para aumentar essas qualidades entre nós?

Por João Batista Oliveira 5 set 2017, 09h30

Uma das características mais salientes da nossa espécie é a capacidade de cooperação entre os indivíduos, sejam eles próximos ou distantes. Dois estudos publicados recentemente no PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) revelam que as origens desse comportamento têm menos a ver com um senso moral e mais com a nossa necessidade de sobreviver.

Os estudos foram realizados com chimpanzés. No primeiro, os animais competiam por uma rodela de banana. Um dos chimpanzés não sabia das regras e foi treinado para sempre dar a mesma resposta, reduzindo assim sua chance de ganhar banana. Os outros macacos concluíram que estavam sendo ajudados, e, com pena do outro, passaram a ajudá-lo, apertando o botão com o qual compartilhavam os ganhos com o colega altruísta.

O segundo estudo observou 3.750 machos para saber o que levava muitos deles a ficar nos extremos da fila para proteger o grupo de inimigos. A hipótese mais óbvia era a de que apenas fêmeas com filhotes teriam tendência a se expor ao perigo. Na prática, cerca de 25% dos macacos voluntários sequer tinham relações íntimas com o grupo, nem tiravam qualquer proveito disso. E os que não participavam não tinham nenhuma punição. O benefício era para o grupo como um todo.

Cooperação e altruísmo são instintos de sobrevivência, cuja função é favorecer o bem-estar do grupo. Alguns indivíduos são mais propensos que outros a esses comportamentos. Resta entender se há como aumentar essa tendência – nossa sociedade poderia ser bem melhor se tivéssemos mais indivíduos com esse perfil.

Os estudos com chimpanzés reforçam a ideia de uma tendência natural ao altruísmo. Mais do que os chimpanzés, a espécie humana tem a capacidade de, deliberadamente, promover essa tendência. Isso se faz sobretudo pelo exemplo dos pais, mas a escola também pode ter um papel importante nesse sentido.

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